Religião

Instituto Lula organiza Comitê Evangélico de combater as Fake News

Pastores e pastoras que fazem parte do Comitê participaram na última segunda-feira (30) de debate realizado no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo que teve como tema “Os evangélicos e o combate às notícias falsas”, organizado pelo Instituto Lula.

A atividade contou com a presença do pastor Ariovaldo Ramos, coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito e da professora e colaboradora do Conselho Mundial de Igrejas, Magali do Nascimento Cunha.

O diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o diretor da Escola Nacional de Formação Política do PT, Gilberto Carvalho, também estiveram presentes para debater estratégias de combate às notícias falsas no meio evangélico.  

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Os evangélicos são diversos e plurais

“Os evangélicos são muitos, são plurais e diferentes. É falso que haja alguns poucos líderes que sejam os porta-vozes e representantes de todos”, apontou Magali do Nascimento. Para ela não é verdade que exista o voto evangélico no Brasil.

A professora, que também faz parte do Coletivo Bereia, entidade que combate as notícias falsas entre os evangélicos, pediu atenção para algumas fake news que estão circulando, como a que há no Brasil perseguição aos evangélicos.

“Esse tipo de conteúdo mexe com sentimentos, causando medo”, reflete. “São criados por quem quer ganhar alguma coisa, geralmente é dinheiro ou poder político.” 

No último Censo do IBGE feito no Brasil, em 2010, 23% da população brasileira afirmou ser evangélica. O Censo que deveria ter sido realizado em 2020 não foi feito pelo atual governo.

“Assim estamos no Brasil, às cegas, não tivemos Censo em 2020, não sabemos como, de fato, está a nação. Estamos enfrentando as eleições mais decisivas da história com pesquisas que se norteiam pelo Censo de 2010, o que, para dizer o mínimo, é temerário, principalmente, em se tratando do contingente evangélico”, alertou o pastor Ariovaldo Ramos.  

Ainda que sem os dados censitários atualizados, é possível ter ideia, com base em pesquisa realizada pelo Datafolha em dezembro de 2019, de que o número de evangélicos saltou dos 23% da população, em 2010, para 31%, em 2019.

Por terem sido alvos prioritários dos produtores de conteúdos falsos nas últimas disputas eleitorais no Brasil, existe hoje um forte movimento comandado pelo próprio povo evangélico de enfrentamento a essas fake news. 

É urgente combater as notícias falsas

Iniciativas como o Coletivo Bereia, criado em 2019, se somam ao programa de rádio Papo de Crente e à revista Bíblia e Direitos, produzidos pela Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

“Nós estamos falando de uma construção, precisamos fazer parceria com todo mundo para derrubar um projeto da mentira em curso no nosso meio. Dá tempo de repensar as estratégias, e nós, que estamos, desde a esquerda, lutando para restaurar a democracia, temos o desafio de fazê-lo. Essa vai ser uma batalha homem a homem, mulher a mulher, ombro a ombro”, conclui Ariovaldo Ramos. 

O Comitê Evangélico Unificado vai atuar na defesa do Estado democrático e contribuir para a construção de um país livre de mentiras e manipulações. “As notícias falsas são uma forma de corrupção. Ser contra as fake news é uma maneira de plantar a esperança e querer a dignidade para nosso povo”, afirma Paulo Okamotto. 

De acordo com o Pastor Jair Batista, a missão do Comitê Evangélico Unificado vai ser preparar ações para auxiliar na identificação das notícias falsas, preparar lideranças da área para atuar na comunicação e fazer a disputa pela verdade e por dias melhores para o povo brasileiro.

Para participar do CEU, basta enviar uma mensagem para o Zap dos Comitês Populares de Luta. Clique aqui e acesse o Zap dos Comitês Populares de Luta.

Da redação do Portal com informações do site PT