O número de mortes após temporal com deslizamentos no Grande Recife subiu para 91 pessoas nesta segunda-feira, 30 de maio. Pelo menos 26 pessoas seguem desaparecidas apenas no Recife e em Olinda, segundo dados oficiais do governo de Pernambuco.
Mas o número de óbitos deverá subir ao longo do dia e ser bem maior, já que há muitos desaparecidos e as buscas seguem em vários bairros da capital e Região Metropolitana do Recife.
Veja também:
>>>Chuvas: Situação de emergência nas cidades de Olinda, Cabo, São Lourenço da Mata, Goiana e Camaragibe e mais de 10 decretaram medida; veja lista
O Jardim Monte Verde é o principal ponto de buscas de desaparecidos. Só neste bairro, o número é de que 20 pessoas morreram soterradas e tiveram os corpos resgatados da lama. Entretanto, segundo o Corpo de Bombeiros, ainda há vítimas desaparecidas entre os escombros.
O Instituto de Medicina Legal (IML) chegou ao local para levar os corpos. No domingo (29), a sede do órgão ficou cheia de parentes de vítimas tentando liberar os corpos dos familiares.
Uma das vítimas encontrada nesta segunda estava na região de Jardim Monte Verde conhecida como Capelinha. Outras duas foram achadas noutro ponto da comunidade. Esses últimos corpos foram indicados pelo cão farejador Fênix, um labrador do Corpo de Bombeiros.
“Achamos uma vítima e tem a possibilidade de ter mais três vítimas ou seis soterradas. As informações divergem. Em outro ponto foram encontradas duas vítimas que faltavam e provavelmente lá vai encerrar as operações”, afirmou o major João Paulo Ferreira da Costa, que comandou as buscas nas últimas 24 horas.
Visita de Bolsonaro
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), desembarcou em Pernambuco, na manhã desta segunda-feira, 30 de maio, para acompanhar o trabalho de resgate às vítimas dos deslizamentos em diversos pontos do Estado causados pelas chuvas.
Acompanhado de ministros, o presidente disse que o governo federal está ajudando o Estado e os municípios, independentemente de colocação partidária.
“Fizemos sobrevoo em parte da área atingida, não conseguimos avançar, tentei pousar, mas a recomendação dos pilotos é que, tendo em vista a inconsistência do solo, poderíamos ter incidente. Então, resolvemos não pousar. Desde o início do problema das chuvas, como de praxe, as Forças Armadas foram as primeiras a se mobilizar, independente de qualquer solicitação e imediatamente depois os ministérios envolvidos. Tivemos problemas semelhantes em Petrópolis, sul da Bahia, mais ao norte de Minas Gerais, estive ano passado no Acre também, infelizmente essas catástrofes acontecem, um país continental tem seus problemas”, disse Bolsonaro.
Confira trecho da entrevista:
100