A Marcha da Maconha volta às ruas do Recife neste sábado, 21 de maio, após mais de dois anos de atividades apenas virtuais. A concentração será a partir das 14h, na Praça do Derby, centro da capital pernambucana.
“Aperte o Verde Contra o Fascismo: A nossa luta é pelo bem viver” será o lema da caminhada, que busca ressaltar a necessidade do Brasil “retomar o caminho da construção da democracia, da cidadania e do fortalecimento dos direitos humanos e da seguridade social”.
A Marcha da Maconha completa 15 anos de luta pela pela legalização da Cannabis sativa. Desde 2008, o movimento realiza passeatas, atos e eventos culturais.
“Entendemos a luta pela legalização como uma questão de saúde pública e coletiva. Reconhecemos que a maconha e outras substâncias não são proibidas pelo seu nível de periculosidade ou ameaça à saúde; e sim por questões econômicas, que passam por interesses da indústria farmacêutica, das armas e de grupos que lucram com o encarceramento”, ressalta o manifesto antiproibicionista.
O ponto de dispersão da passeata será na Igreja do Carmo, na Avenida Dantas Barreto, no Centro da Cidade. Entre as atrações confirmadas, estão Calu, Bione, DJ Boneka, DJ Ciço, Mestre Almir e Som Na Rural.
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Audiência na Alepe
A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa (Alepe) realizou audiência pública no dia 28 de março, para discutir o projeto de lei de autoria do deputado João Paulo que trata do cultivo e processamento da Cannabis para fins medicinais em Pernambuco.
Um dos objetivos do PL é garantir o acesso aos remédios de forma legal, segura e a preço justo. O projeto prevê ainda o estímulo à pesquisa e o uso veterinário e industrial da planta.
“O uso do medicamento já é feito no Brasil. Mas a importação torna o valor inacessível para grande parte da população. A produção local irá baratear o preço, além de gerar emprego e renda para o Estado”, pontua o deputado, que acredita que a audiência será uma grande oportunidade de esclarecer os pontos do projeto e reduzir o preconceito gerado pela desinformação.
Da redação do Portal com informações do Leia Já
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