Anvisa aprova folha da maconha em três novos produtos medicinais; produtos serão fabricados na Colômbia e comercializados no Brasil
Até o momento, 18 produtos de Cannabis têm a aprovação da Anvisa, sendo oito à base de extratos de Cannabis sativa e dez do fármaco canabidiol.
Por Maria Carla Mazullo - Publicado em
13 maio de 2022, às 16:26
- Atualizado em 13 maio de 2022, às 20:04
Uso de medicamento à base de Cannabis é aprovado pela Anvisa/ Foto: Divulgação.
A Anvisa aprovou, nesta semana, três novos produtos medicinais à base de Cannabis. Dois deles são os primeiros a serem aprovados pela Agência com teor de TSH, tetraidrocanabinol, acima de 0,2%.
De acordo com a Anvisa, o embasamento para essa aprovação está em resolução que destina esses produtos com TSH acima de 0,2% a cuidados paliativos exclusivamente para pacientes sem alternativas terapêuticas e em situações irreversíveis ou terminais.
Os novos produtos para uso medicinal são do tipo Extrato de Cannabis sativa e foram fabricados pelas farmacêuticas Greencare e Mantecorp Farmasa, estes com dosagem de 160,32 mg/mL, e outro também da Mantecorp Farmasa, de 79,14 mg/mL.
Os três produtos serão fabricados na Colômbia e comercializados no Brasil sob a forma de solução em gotas para uso oral.
Até o momento, 18 produtos de Cannabis têm a aprovação da Anvisa, sendo oito à base de extratos de Cannabis sativa e dez do fármaco canabidiol.
Autorização
Foi autorizado pela Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) que a associação Amme Medicinal, do Recife, faça plantação e use cannabis, planta conhecida como maconha, exclusivamente para fins medicinais. Na decisão judicial, a juíza federal Joana Carolina Lins Pereira, da 12ª Vara da JFPE, informou que o pedido de tutela de urgência foi concedido para atender pacientes já associados.
A liminar é do dia 15 de novembro e cabe recurso. Ela beneficia 106 pessoas atendidas pela associação pernambucana que usam uma substância extraída da cannabis para tratar fibromialgia, autismo, mal de Parkinson, demência, epilepsia, dor crônica e convulsões, entre outros problemas.
“Essa decisão é uma validação do nosso trabalho. A gente está construindo isso há mais de três anos, provocando audiência pública, visitando Ministério Público e mostrando o nosso trabalho”, afirmou o presidente da Amme Medicinal, Diogo Dias.