Decisão

STF autoriza extradição de italiano considerado um dos foragidos mais procurados da Europa

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou na terça-feira, 8 de março, a extradição do italiano Rocco Morabito, considerado um dos criminosos mais procurados do mundo pelo envolvimento na organização criminosa conhecida como Ndrangheta, uma das mais atuantes na Itália.

Em maio do ano passado, Morabito foi preso pela Polícia Federal (PF) em João Pessoa. Em seguida, ele foi transferido para a Penitenciária Federal em Brasília, onde está detido.

Pela decisão do Supremo, a Itália deverá cumprir alguns requisitos exigidos pela legislação brasileira em casos de extradições, como fazer a detração do tempo de prisão em território nacional e aplicar o período máximo de 30 anos de cumprimento de pena.

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Na Itália, Morabito foi condenado a mais de cem anos de prisão em processos sobre tráfico internacional de drogas.

Segundo a Interpol, ele é membro influente na Ndrangheta e fazia a ligação entre organizações criminosas brasileiras e a máfia italiana.

Antes do julgamento, a defesa do italiano pediu que a análise do pedido de extradição fosse adiada por uma sessão para aguardar outros desdobramentos do caso. Os advogados citaram que há um pedido de refúgio feito ao governo brasileiro.

‘Casa da mãe Joana’

O ex-procurador da Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol, criticou na última sexta-feira (4), nas redes sociais decisão do ministro Ricardo Lewandowski que suspendeu a tramitação da ação penal contra o ex-presidente da República, Lula, em que ele é acusado de irregularidades na compra de caças suecos.

A decisão se deu em pedido apresentado no mesmo processo do STF em que o ministro concedeu a Luiz Inácio Lula da Silva acesso às mensagens hackeadas dos celulares de membros da Lava Jato no Paraná.

“O STF virou a casa da mãe Joana: o ministo Lewandowski faz o que quer em favor do ex-presidente Lula (que o indicou ao STF e sempre o elogia), primeiro no Mensalão, depois autorizando entrevistas, depois no triplex, depois na leniência da Odebrecht e agora na Greenfield”, disse o ex-chefe da Lava Jato.

Agência Brasil