Declaração

Sileno Guedes critica fala de Bolsonaro ao dizer que é “exagero” chamar guerra entre Rússia e Ucrânia de massacre

O presidente estadual do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, criticou uma fala feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, ao afirmar que seria um exagero chamar de massacre a guerra que está acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia.

Nas redes sociais o socialista avalia a posição tomada por Bolsonaro como alinhamento à postura adotada pelo presidente russo, Vladmir Putin.

“Ao dizer que não há massacre na Ucrânia, Bolsonaro se alinha ao discurso da Rússia, que chama de operação especial uma guerra desigual e covarde. Não precisamos de falsa neutralidade. Esse conflito, que já dizimou tantas vidas, deve ser condenado com veemência.”, postou Sileno.

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A declaração de Jair Bolsonaro aconteceu neste domingo, 27 de fevereiro, ao rebater uma jornalista que classificou os últimos acontecimentos entre Ucrânia e Rússia de massacre.

A jornalista perguntou a Bolsonaro se era por causa da intimidade com o líder do governo russo que ele manteria a neutralidade diante da iminência de ter um massacre com civis na Ucrânia. O mandatário brasileiro, então, retrucou: “Você está exagerando na palavra massacre.”.

Conversa com Putin

Bolsonaro lembrou ainda que conversou com presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o conflito e questões comerciais, como a importação de fertilizantes pelo Brasil.

“Estive conversando com o presidente Putin, mais de duas horas de conversa. Tratamos de muita coisa. A questão dos fertilizantes foi a mais importante. Tratamos do nosso comércio. E obviamente ele falou alguma coisa sobre a Ucrânia, mas me reservo a não entrar em detalhes da forma como vocês gostariam”, disse Bolsonaro.

Em nota, divulgada após a entrevista do presidente, a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Ministério das Relações Exteriores disse que Bolsonaro se referia “às duas horas de conversa ao vivo, na visita a Moscou [no dia 16 deste mês]. Não houve telefonema”, neste domingo, para Putin.

Para o presidente, o conflito deve chegar, em breve, a uma solução.

“Não acredito que vá se prolongar. Até pela diferença bélica de um país para outro. A gente espera que países da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] não potencializem esse problema que está para ser resolvido, no meu entender”, declarou.