Os cartórios brasileiros registraram o janeiro mais mortal desde o início de sua série histórica, em 2003. A alta é atribuída aos óbitos causados pela Covid-19, que fez 14.602 vítimas no período, de acordo com os registros atualizados nesta segunda-feira, 14 de fevereiro.
Os dados são reunidos pelo Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados de cartórios de todo o Brasil.
Os cartórios ainda apontam complicações que podem estar relacionadas ao coronavírus, como no caso das mortes por pneumonia, que saltaram de 14.883, em janeiro de 2021, para 24.938 no mesmo mês deste ano.
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Os óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também cresceram: passaram de 1.581, no ano passado, para 1.739 em janeiro deste ano. Os de insuficiência respiratória subiram de 8.087 para 9.786 no período.
Comparação com demais anos da pandemia
Ao todo, foram contabilizados 137.253 óbitos no país em janeiro de 2022, um aumento de 2,79% em relação ao mesmo período de 2021 (quando houve o registro de 133.523 mortes no total).
O número ainda é 39,98% maior em relação a janeiro de 2020, antes da chegada do vírus ao país, quando ocorreram 98.045 mortes em decorrência da doença.
Pandemia
Ao menos 12.211 crianças de até seis anos de idade no Brasil ficaram órfãs de um dos pais vítimas da covid-19 entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), 25,6% das crianças de até seis anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano.
Já 18,2% tinham um ano de idade; 18,2%, dois anos de idade; 14,5%, três anos; 11,4%, quatro anos; 7,8% tinham cinco anos e 2,5%, seis anos. São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta faixa etária.
Da redação do Portal com informações do site Metrópoles
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