Ao menos 20% de jovens de 14 a 24 anos que menstruam já deixaram de ir à escola por não terem absorvente, diz estudo. Entre pessoas pretas com renda de até dois salários mínimos, o número sobe para 24%.
Os dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Espro (Ensino Social Profissionalizante), organização que oferece capacitação para jovens em busca do primeiro emprego, e a Inciclo, marca de coletores menstruais. O estudo faz parte do Projeto Novo Ciclo de ambas as instituições.
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Entre pessoas pretas com renda de até dois salários mínimos, esse número sobe para 24%. Dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Espro (Ensino Social Profissionalizante), organização que oferece capacitação para jovens em busca do primeiro emprego, e a Inciclo, marca de coletores menstruais.
Levantamento ouviu 2.930 pessoas que menstruam e 805 que não menstruam. A margem de erro é de 2% e o índice de confiabilidade da pesquisa é de 99%.
Problema da pobreza menstrual tem se intensificado nos últimos anos. Dados do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) mostram, por exemplo, que mais de 700 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em suas casas.
Além disso, mais de 4 milhões não têm acesso a itens básicos de cuidados menstruais. Em 2021, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a vetar um projeto de lei no segmento.
A lei previa a distribuição gratuita de absorventes íntimos em escolas públicas, para moradores de rua, presidiárias e outras pessoas em situação de vulnerabilidade. Com a repercussão da decisão, o governo Bolsonaro recuou da decisão.