O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, na manhã da quinta-feira, 3 de fevereiro, em entrevista coletiva em Porto Velho, que 31 de março será um “grande dia”, porque 11 ministros sairão e 11 entrarão. Apesar do número citado por Bolsonaro, ao menos 13 chefes de pastas devem deixar governo para se candidatar a algum cargo no pleito de 2022.
“Temos previsto 11 ministros para disputar eleições. Obviamente, vamos ter ‘ministérios-tampão’. Eu tenho um profundo apreço pelo Rogério (Marcos Rogério, senador por Rondônia). Isso pode ser conversado, mas nada decidido ainda com ninguém, para evitar a ciumeira. Dia 31 de março, grande dia, é um pacotão, 11 saem e 11 entram. Da minha parte, vocês só vão saber via Diário Oficial da União”, declarou o presidente a jornalistas.
Pouco mais da metade do primeiro escalão de Bolsonaro deve deixar o governo para se candidatar nas eleições de 2022.
A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março deste ano.
Leia mais:
>>> Bolsonaro cresce em nova pesquisa e chega a 30% das intenções de voto
Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. Na maioria das vezes, esses cargos são ocupados por interinos, no geral servidores de carreira da própria pasta. As trocas provocam desfalque momentâneo e, em certa medida, esvaziam os ministérios.
O presidente da República foi ao município de Rondônia para se reunir com o presidente do Peru, Pedro Castillo. O acompanharam na agenda ministros de estado e parlamentares de Rondônia, como o senador citado, Marcos Rogério.
Confira abaixo a lista dos ministros devem deixar as atuais pastas e a quais cargos eles devem concorrer no próximo ano:
1 – Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Tereza Cristina, que está em seu último ano de mandato como deputada federal (DEM-MS), confirmou que deixará a pasta para renovar o seu mandato de deputada ou tentar uma vaga no Senado.
2 – Justiça e Segurança Pública: Anderson Torres, que entrou no lugar de André Mendonça, deve disputar uma vaga no Senado pelo União Brasil, pelo DF. Hoje ele é filiado ao PSL.
3 – Casa Civil: Ciro Nogueira (PP) cumpre seu último ano de mandato como senador pelo Piauí em 2022. Ele deve deixar o governo para se candidatar à reeleição ao Senado.
4 – Infraestrutura: Tarcísio de Freitas será candidato, mas ainda não está definido se ele concorrerá ao governo de São Paulo, ao Senado ou à Câmara pelo estado de Goiás.
5 – Cidadania: João Roma (Republicanos-BA), que está em seu último ano de mandato como deputado federal, tem planos de disputar o governo da Bahia.
6 – Comunicações: Fábio Faria (PSD-RN) termina o seu mandato de deputado federal em 2022. Na janela partidária, ele vai se filiar ao PP e deve disputar uma vaga no Senado pelo seu estado.
7 – Ciência, Tecnologia e Inovação: Marcos Pontes é considerado o plano B do presidente Jair Bolsonaro para a disputa ao governo de São Paulo, no caso de Tarcísio disputar mesmo o Senado.
8 – Desenvolvimento Regional: Rogério Marinho deve deixar o cargo para disputar uma vaga no Congresso. Ele já foi deputado federal por três mandatos e tem o desejo de ser senador. O conflito reside no fato de que ele disputaria a mesma vaga que seu colega Fábio Faria, já que os dois são do Rio Grande do Norte.
9 – Secretaria de Governo: Flávia Arruda (PL-DF) já bateu o martelo e disputará uma vaga no Senado pelo Distrito Federal. Ela tem o apoio do Palácio do Planalto e do governador do DF, Ibaneis Rocha.
10 – Turismo: Gilson Machado deve sair candidato, mas ainda não há definição sobre qual vaga ele disputará.
11 – Trabalho: Onyx Lorenzoni deve disputar o governo do Rio Grande do Sul.
Da redação do Portal com informações do Metrópoles
176