Alerta

"Nas próximas duas ou três semanas em Pernambuco, nós estaremos vivendo o auge no número de casos novos da Ômicron", avisa médico

O médico pediatra e membro da Sociedade Brasileira de Imunizações, Eduardo Jorge da Fonseca, participou da coletiva do Governo de Pernambuco na última quarta-feira, 19 de janeiro, e fez um alerta sobre o risco no aumento do número de novos casos da variante Ômicron nas próximas semanas em Pernambuco.

“Nas próximas duas ou três semanas em Pernambuco, nós estaremos vivendo o auge no número de casos novos da Ômicron, alertou o profissional de saúde.

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Eduardo também reforçou a importância da imunização das crianças contra o novo coronavírus.

“Como as crianças fazem parte do grupo menos vacinado, é de se esperar que a variante Ômicron passe a ter mais impacto na pediatria, o que significa maior risco patogênico. Esta é mais uma razão para acelerarmos a vacinação pediátrica. A vacina é essencial. Já está mais do que comprovado”, pontuou o médico pediatria.

Autorização

O Governo de Pernambuco autorizou o início da imunização contra a Covid-19 em crianças de 6 a 11 anos com a vacina da Coronavac/Butantan, liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e incorporada pelo Ministério da Saúde (MS) no Plano Nacional de Operacionalização (PNO).

A vacina da Pfizer/Comirnaty, até então era o único imunizante aprovado até o momento para essa faixa etária pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi analisada pelas mais importantes agências regulatórias do mundo e é, comprovadamente, segura e eficaz. Na última quinta-feira, 20 de janeiro, a Anvisa autorizou o uso da CoronaVac nas crianças.

Importância da vacinação

Com a circulação da Ômicron em Pernambuco, o secretário André Longo reforçou, durante a coletiva de imprensa, a importância da vacinação contra a Covid-19 para evitar casos graves da doença.

“A Ômicron tem uma capacidade de transmissão muito superior às outras variantes, conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo pessoas vacinadas contra a doença. Mas, mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem impacto muito pior. Em vacinados, os sintomas, geralmente, são leves, muito parecidos com os de uma gripe, com coriza e incômodo na garganta. Já não estar vacinado, ou só parcialmente vacinado, pode significar hospitalização e morte”, alertou Longo.

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Cenário epidemiológico 

Na segunda semana epidemiológica de 2022, a SES-PE registrou uma desaceleração dos casos de Síndrome respiratória aguda grave (Srag). Foram 1.189 notificações, o que representa uma redução de 15% em uma semana e um crescimento de 25% em 15 dias. Neste mesmo período, foram 672 solicitações por vagas de UTI – uma redução de 16% em uma semana e de 15% nos últimos 15 dias.

Longo alertou que este movimento ainda é resultado do impacto dos números de influenza A (H3N2) registrados nos últimos dias de 2021 e começo de 2022. O gestor ainda alertou que, diante da circulação da variante Ômicron da Covid-19, a recomendação é seguir com todos os cuidados necessários. “Não podemos baixar a guarda. A Covid-19 ainda é uma ameaça e nosso alerta se volta, agora, para a variante Ômicron, que já é dominante em nosso Estado e tem impactado no aumento da positividade dos casos leves da doença”, pontuou André Longo.

Segundo levantamento da SES, na última terça-feira, a cada 100 testes rápidos de antígeno realizados nos centros estaduais de testagem, 35 positivaram para Covid-19. Já a positividade geral das amostras processadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE) está em 19% – na semana epidemiológica 51 de 2021 (dezembro), a taxa era de apenas 2,8%.

Da redação do Portal cm informações do Governo de Pernambuco