Crítica

Juntas se nega a assinar CPI do Caso Beatriz e deputado Romero Albuquerque alega que só há comprometimento com Agenda Marielle Franco

A codeputada Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas, decidiu não apoiar a criação da CPI do Caso Beatriz na Alepe. A parlamentar, que é presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, foi a primeira e, até então, única deputada a rejeitar abertamente a comissão, segundo mostra o site criado para acompanhar o andamento do pedido.

O deputado Romero Albuquerque ressaltou que “Nenhuma morte é aceitável”, “É fundamental concluir a investigação” e “O Estado tem de zelar por todas as vidas” são declarações que a deputada do coletivo Juntas costuma repetir em seus discursos na Alepe.

Segundo o Romero, apesar da Juntas já ter se posicionado apoiando Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz, em outros momentos, desta vez preferiu recuar.

“Então, se depender dela [Jô Cavalcanti], a Assembleia Legislativa de Pernambuco permanecerá em silêncio quanto aos últimos acontecimentos nas investigações do caso”, ressaltou o deputado.

Leia mais:
>>
Caso Beatriz: Polícia Civil de Pernambuco identifica autor do crime e o apresenta nesta quarta-feira (12)

Liderados por Romero Albuquerque, Clarissa Tércio e Joel da Harpa, até o momento, outros 10 deputados já assinaram a petição. São 13 das 17 assinaturas necessárias.

https://www.instagram.com/p/CY5OFi6rSO9/?utm_source=ig_web_copy_link

Pedido de Justiça 

Através de áudios enviados ao deputado Romero Albuquerque (PP), Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz, manifestou apoio à criação da CPI que investigará o assassinato de sua filha. O documento, que será protocolado em fevereiro, quando a casa retoma as atividades. Além de Albuquerque e outros dois deputados governistas, quase toda a oposição aderiu à iniciativa.

“A CPI pode esclarecer as nossas dúvidas. A gente sabe que Marcelo é o assassino de Beatriz, mas quem estava escondendo ele esses anos todos? Ele estava no banco de DNA desde 2018 ou 2019, então eles precisam responder. Quem tolera a impunidade, é cúmplice da criminalidade”, diz Lucinha em trechos dos áudios.

Junto com os deputados Clarissa Tércio e Joel da Harpa, Albuquerque anunciou, na última terça-feira, a intenção de discutir o Caso Beatriz na Comissão Parlamentar de Inquérito. Até um site foi criado para incentivar a população a cobrar a participação de todos os parlamentares. Acessando beatriz.com.br, é possível saber quem já assinou o apoiamento ao requerimento.

Em um apelo direto aos parlamentares, Lucinha afirma categoricamente que “os que não assinarem estão sendo cúmplices de uma impunidade, ou seja, são autores também da impunidade. Vamos colocar à prova quem é a favor da vida, da justiça e da verdade”, finalizou.

Da redação do Portal  com informações da assesoria do deputado.