Observação

Crianças que tomaram dose errada da vacina contra Covid-19 serão monitoradas na Paraíba

Cada criança da Paraíba, que recebeu a dose errada da vacina Pfizer, contra Covid-19, vai ser acompanhada por médicos especialistas, durante 30 dias Essa é a definição do Ministério Público Federal e a recomendação da fabricante do imunizante.

Na quarta-feira, 19 de janeiro, promotores do Ministério Público Federal e do Ministério Público da Paraíba retomaram as oitivas aos profissionais envolvidos na aplicação errada de vacinas da Pfizer de adultos, em crianças. Também deve ser ouvido o então secretário de saúde da cidade de Lucena, que fica na região metropolitana da capital João Pessoa.

O ex-secretário Antônio Paulo foi exonerado do cargo no município junto com outros profissionais responsáveis, desde que uma técnica de enfermagem aplicou vacinas da Pfizer em 49 crianças, sendo que as doses pediátricas ainda não haviam sido entregues à cidade.

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A secretaria de saúde do estado informou que, das 49 crianças que receberam a dose dos adultos, 36 foram imunizadas com ampolas impróprias para uso, pois já haviam passado o prazo em que poderiam ficar abertas em resfriamento.

No depoimento, a técnica responsável pelas aplicações erradas disse ter recebido as orientações da coordenadora de imunização do município, que teria avisado que as doses estavam próximas do prazo de validade e que deveriam ser aplicadas em todas as pessoas que fossem aos postos de vacinação.

Na terça-feira (18), também, os promotores ouviram os pais e mães das crianças que receberam as doses erradas. Somente uma mãe relatou efeitos adversos no filho.

O laboratório da Pfizer emitiu uma nota destacando a importância do acompanhamento médico de eventuais sintomas adversos nas crianças. Para isso, disponibilizou um site, onde podem ser registrados os casos de efeitos colaterais.

A nota cita que os frascos das vacinas pediátricas da Pfizer são diferentes: possuem tampa laranja. Enquanto as doses adultas têm tampa roxa. A quantidade a ser aplicada nas crianças também é menor: dois mililitros por aplicação.

Lembrando que essas orientações foram também feitas pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, quando aprovou o uso das vacinas nos pequenos, em dezembro. Em uma nova reunião com secretários de saúde, a agência reforçou essas orientações.

Agência Brasil