Caso Beatriz: advogado apresenta carta em que acusado se diz inocente e confessou o crime “por pressão”
O advogado Rafael Nunes, que assumiu a defesa de Marcelo da Silva, acabou de conceder uma entrevista ao Programa Cidade Alerta de Pernambuco, e apresentou uma carta, supostamente escrita pelo acusado de ter matado a menina Beatriz Mota, onde ele nega que praticou o crime.
Por Júnior Silva - Publicado em
18 jan de 2022, às 20:47
- Atualizado em 18 jan de 2022, às 23:03
Caso Beatriz: Polícia Civil de Pernambuco prende autor do crime e o apresenta nesta quarta-feira (12). Foto: Divulgação
Na última terça-feira, 11 de janeiro, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco divulgou uma nota informando que havia prendido o autor do assassinato da menina Beatriz.
O órgão fez uma coletiva de imprensa expondo as provas técnicas do caso, que “foi solucionado com base em exames de DNA da arma do crime”. De acordo com a SDS, Marcelo da Silva confessou o crime.
“Por determinação do governador Paulo Câmara, a Força Tarefa – criada em 2019 para investigar o caso foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime.
A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime.
Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado”.
Carta
Leia carta na íntegra:
“Eu sou inocente, eu não matei a criança, confessei na pressão.Pelo amor de Deus, eles querem minha morte, preciso de ajuda. Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino.
Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe.”
O crime
Beatriz Angélica foi assassinada em 10 de dezembro de 2015, com 42 facadas durante a festa de formatura de sua irmã mais velha, no Colégio Maria Auxiliadora. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio.
Após perceberem o sumiço da criança, os pais desesperados começaram a procurá-la, até que minutos depois, o corpo da menina foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo.