Economia

Ex-presidente Lula debate situação e alternativas para o país com economistas do Partido

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (14/01) de reunião do Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas (NAPP) de Economia, junto com a presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e com o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante.

A reunião com o grupo de economistas foi mista, com parte reunida presencialmente, em São Paulo, e parte via videoconferência.

O NAPP de Economia da Perseu Abramo se reúne regularmente há anos, e seguiu se reunindo, através de plataformas virtuais, durante a pandemia, sempre debatendo a conjuntura brasileira.

A reunião fez uma análise da situação econômica atual do governo Bolsonaro, os desafios da economia em 2022 e possíveis medidas para a melhora da situação econômica do país. Como o grupo faz rotineiramente, discutindo questões econômicas e sociais.

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Na reunião, o ex-presidente lembrou o grupo que no governo Lula teve aumento de salário e política de inclusão social sem inflação.

Se confirmadas as projeções do Banco Mundial, o Brasil estará em uma situação menos catastrófica do que indicam estimativas do mercado financeiro e do próprio Banco Central. O Boletim Focus, por exemplo, aponta um crescimento do PIB de apenas 0,28% neste ano. Já o BC prevê 1% de crescimento.

O Banco Mundial aponta ainda para um crescimento dos emergentes em torno de 4,6%, apesar do cenário de desaceleração da economia mundial. “Após uma forte recuperação em 2021, a economia global está entrando em uma forte desaceleração em meio a novas ameaças de variantes de covid-19 e aumento da inflação, da dívida e da desigualdade de renda, que podem colocar em risco a recuperação das economias emergentes e em desenvolvimento”, observa o relatório.

“A economia mundial está enfrentando simultaneamente a Covid-19, a inflação e as incertezas políticas, com gastos públicos e políticas monetárias em território ainda desconhecido”, declarou o presidente da instituição, David Malpass. “O aumento da desigualdade e os desafios relacionados à segurança são especialmente prejudiciais para os países em desenvolvimento”.

América Latina e Caribe

Do mesmo modo, o Banco Mundial estima que a região da América Latina e do Caribe deve acompanhar a desaceleração mundial da atividade econômica em 2022. A projeção, de 6,7% em 2021, despencou para 2,6% neste ano. Os fatores, segundo a instituição, são “restrições nas políticas monetária e fiscal, lenta melhoria nas condições do mercado de trabalho, e condições externas menos favoráveis”.

Os indicadores de emprego, que constam de uma pesquisa feita em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), revelam que, apesar de sinais de melhora, houve considerável deterioração na qualidade das vagas, sintoma do aumento da informalidade em países como o Brasil.

“A taxa de ocupação regional está 11 pontos abaixo do período pré-pandêmico, mas alguns países se recuperaram totalmente, como Guatemala, Nicarágua e El Salvador”, informa comunicado das Nações Unidas. “México e Bolívia então em vias de recuperação, mas a situação permanece difícil no Brasil, na Colômbia e no Equador, cujas taxas de ocupação estão muito abaixo da fase anterior à pandemia”, observa o documento.

Fonte: Site PT