Declaração

"Minha filha não vai se vacinar, vou deixar bem claro", diz Bolsonaro sobre imunizante da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos 

Mesmo com a resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que autoriza a imunização de crianças de 5 a 11 anos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na segunda-feira, 27 de dezembro, que a filha dele, de 11 anos, não será vacinada contra a Covid-19.

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“Não vêm morrendo crianças que justifiquem uma vacina”, declarou o presidente em entrevista às emissoras CNN Brasil e SBT, após chegar a São Francisco do Sul, Santa Catarina, onde passará a festa de ano-novo.

“Minha filha não vai se vacinar, vou deixar bem claro”, acrescentou.

Na última quinta-feira, 23, Bolsonaro disse em live que iria discutir com a primeira-dama Michelle se iria vacinar Laura.

“O que posso falar é o que estão nas notas da Pfizer. Tenho conversado com o [ministro da Saúde, Marcelo] Queiroga nesse sentido. Ele, dia 5, deve citar normas de como devem ser vacinadas as crianças. Eu espero que não haja interferência do Judiciário. Espero, porque a minha filha não vai se vacinar, estou deixando bem claro. Ela tem 11 anos de idade”, declarou Bolsonaro.

Apesar da posição do presidente e da consulta feita pelo Ministério da Saúde, a pasta já recomendou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. De acordo com o documento publicado na última sexta-feira (24), a imunização desse público deverá ser realizada com a autorização dos pais ou responsáveis e com a prescrição médica.

Governadores 

Até o momento, 13 estados informaram que não seguirão a indicação de Queiroga: Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Ceara, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Espirito Santo, Pará, Acre, Paraná e Goiás.

Outros cinco disseram que ainda vão decidir: Rio Grande do Norte, Amazonas, Tocantins, Distrito Federal e Roraima. Ainda faltam a resposta de mais 10 estados.