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SDS pede demissão de perito do caso Beatriz; mãe da menina morta em Petrolina com 42 facadas faz uma caminhada de 712 km em direção ao Recife 

O secretário de Defesa Social (SDS) de Pernambuco Humberto Freire sugeriu que o governo de Pernambuco demita o perito criminal Diego Leonel Costa, que atuou na perícia sobre o assassinato da menina Beatriz, de 7 anos, no colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão do Estado.

Os pais da menina Beatriz Angélica Mota fez uma denuncia há quase dois anos e meio a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS). O caso, sem solução, completou seis anos no último dia 10 de dezembro.

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De acordo com as investigações da Corregedoria, Diego participou da criação de um plano de segurança para o colégio em que ocorreu o assassinato, na condição de sócio cotista da Empresa Master Vision.

Em de janeiro de 2016, um mês após a morte de Beatriz, Diego esteve na instituição de ensino e fez filmagens e fotografias por meio de um drone. Mesmo assim, segundo a Corregedoria, o mesmo perito fez parte, posteriormente, da equipe de trabalho de investigação responsável pela apuração do homicídio.

No parecer sobre a demissão do profissional, o secretário Humberto freire destaca que ele “feriu a moralidade administrativa e negligenciou o cumprimento de seus deveres em três ocasiões distintas, em especial ao exercer atividades incompatíveis com a função policial civil, ao desrespeitar a hierarquia e a disciplina, ao não zelar pela dignidade da função policial e ao não observar normas legais e regulamentares”.

Caminhada de mais de 700 km por justiça 

Em mais uma tentativa desesperada de ser ouvida pelo governador Paulo Câmara, Lucinha, como é chamada por todos na região, saiu de Petrolina no último dia 5 de dezembro, cidade que aconteceu o crime, com destino ao Recife. A missão é ir a pé até o Palácio das Princesas, sede do governo do estado, para pedir justiça por Beatriz.

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Foi um ano inteiro de preparação física. O treinamento que, antes, era só para amenizar o estresse, se intensificou com a nova meta. E nessa rota Lucinha não vai só: cada passo é dado com o apoio de duas amigas que seguem ao seu lado — o que não elimina seu cansaço. “O corpo dói, os pés doem, mas o que dói mais, pode ter certeza, é tirarem um filho da gente”, diz Lucinha.