O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa, não exonerou seu assessor parlamentar que cuidava da contratação de funcionários, mesmo acusado de promover o crime de rachadinha em seu gabinete.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) ouviu, nessa sexta-feira, 17 de dezembro, Paulo Boudens sobre a suposta rachadinha.
Paulo Augusto de Araújo Boudens segue contratado no gabinete de Alcolumbre e ganha R$ 22,9 mil por mês, segundo informações do Portal de Transparência do Senado Federal. A informação foi confirmada junto à assessoria do senador amapaense.
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Entenda
O senador Davi Alcolumbre foi alvo de uma denúncia de seis ex-funcionárias que acusaram o parlamentar de praticar a chamada “rachadinha” em seu gabinete. Em reportagem da revista Veja, divulgada em outubro, seis mulheres afirmam que foram empregadas no gabinete do senador durante muito tempo, mas nunca receberam o devido salário.
“Meu salário era acima dos R$ 14 mil reais, mas eu só recebia R$ 900. Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje tenho vergonha disso”, disse a estudante Erica Almeida Castro, de 31 anos.
Alcolumbre nega
Procurado pela reportagem, o senador Davi Alcolumbre negou as acusações e disse que está concentrado nos trabalhos legislativos. Ainda segundo ele, as atividades de cunho administrativo eram de responsabilidade de seu então chefe de gabinete, Paulo Boudens.
Alcolumbre também afirmou que não se recorda das mulheres citadas na reportagem e que ninguém de seu gabinete estava autorizado a reter os salários delas.
Boudens foi exonerado em 2020 e não se manifestou sobre as denúncias.