Investigação

Grupos nazistas suspeitos de praticar e incentivar atos de preconceito com a cor, raça e etnia são alvos de operação da Polícia Civil

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil cumprem nesta quinta-feira, 16 de dezembro, quatro mandados de prisão e 30 de busca e apreensão contra grupos de pessoas que se autodeclaram nazistas. Os mandados da operação Bergon estão sendo cumpridos em sete estados.

Além do Rio de Janeiro, policiais atuam em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Norte.

De acordo com o MPRJ, essas pessoas são suspeitas de praticar, divulgar e instigar a realização de atos de discriminação e preconceito em relação à raça, cor, etnia e procedência nacional, além do crime de corrupção de menores.

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Alguns dos suspeitos são adolescentes. O grupo é investigado por publicar, em redes sociais e em aplicativos de mensagens, fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista. Há ainda a incitação da prática de violência contra esses segmentos.

Segundo o MPRJ, o nome da operação faz referência à freira francesa Denise Bergon, que desafiou nazistas ao abrigar e salvar a vida de dezenas de crianças judias durante a Segunda Guerra.

Secretário expulso de partido após defender jovem que usou símbolo nazista

O Secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Maceió, Ricardo Santa Ritta, foi demitido pelo prefeito  João Henrique Holanda Caldas (PSB), conhecido como JHC,  no dia 18 de junho, após defender um adolescente de 17 anos que circulou em pelo menos dois shoppings de Caruaru, agreste de Pernambuco, com uma suástica nazista na manga do casaco na última quinta-feira, 17 de junho.

O então secretário publicou em sua conta no Twitter que descobriu que “usar qualquer elemento com a ‘suástica’ é crime federal no Brasil” e completou: “Pensava que a liberdade de expressão permitisse”.

Agência Brasil