Investigação

Ex-diretores da Anvisa são alvos de operação da PF por fraudes durante o governo Dilma

Uma operação da Polícia Federal (PF), realizada nesta terça-feira, 30 de novembro, apura fraudes que envolvem a entrega de medicamentos de alto custo adquiridos com dinheiro público. A ação, que tem como alvos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e um escritório de advocacia de São Paulo, chegou a cumprir mandados na sede da entidade governamental em Brasília.

No total, são cumpridos oito mandados de busca em São Paulo e no Distrito Federal, expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, na ação batizada de Rarus. Os trabalhos investigam possíveis fraudes que envolvem a entrega de medicamentos adquiridos com verba pública a pessoas portadoras de doenças raras por meio de ações judiciais.

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As investigações indicam que, entre os anos de 2015 e 2018, nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Michel Temer, as ações judiciais eram patrocinadas por uma indústria farmacêutica que se valia da associação de pacientes para induzir médicos a prescreverem produtos. De acordo com a coluna Na Mira, do site Metrópoles, a associação é o Instituto Vidas Raras, que fica em São Paulo.

Os agentes apuram, inclusive, a existência de pacientes que sequer possuíam a indicação médica para o uso de tais medicamentos e se há envolvimento de dirigentes da Anvisa em atos de corrupção. Por conta disso, agentes fazem buscas na sede da Agência, em Brasília, e em sete endereços ligados ao esquema, em São Paulo.

As empresas investigadas são a Shire Farmacêutica Brasil Ltda, adquirida recentemente por uma gigante japonesa, a Aegerion Brasil Comércio e Importação de Medicamentos Ltda, e a Biomarin Brasil Farmacêutica. Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional. As penas previstas variam de 12 a 18 anos de prisão.

Da redação do Portal com informações da Pleno.news