Na última segunda-feira, 22 de novembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a TV Globo terá que estar “arrumadinha” caso queira renovar sua concessão pública, que vence em outubro de 2022. O chefe do Executivo diz que não haverá “perseguição”, mas pede a empresa que apresente suas “certidões negativas”.
“A Globo tem um encontro comigo no ano que vem. Encontro com a verdade. […] É igual parada matinal [do quartel]. Tem que estar arrumadinho. Qualquer empresa”, disse o presidente a apoiadores no Palácio do Alvorada.
Veja também:
>>>PL oficilializa filiação de Bolsonaro após comum acordo entre Presidente e sigla; confira a data definida
Confira vídeo:
https://www.instagram.com/p/CWqefEivUMf/?utm_medium=copy_link
No Brasil, as emissoras de rádio e TV são concessões públicas. A autorização para operar tem de ser renovada a cada 10 anos, em caso de rádios, ou 15 anos, no caso de TVs. Quem toma essa decisão é o presidente da República, mas o Congresso pode optar por derrubar a decisão.
Em novembro de 2019, Bolsonaro já havia ameaçado a concessão da emissora carioca. Afirmou que a empresa faz um “jornalismo sujo” e que teria que pagar “tudo que deve” para continuar no ar. Em abril de 2020, voltou a criticar a empresa. No aeroporto de Cascavel, no Paraná, em fevereiro deste ano, levantou uma placa escrito “Globo lixo”.
Grandes empresas de TV devem R$ 448 milhões ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A dívida dobrou desde janeiro de 2020, quando as grandes TVs somavam dívidas de R$ 233 milhões com a Previdência. Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. A RedeTV! é a que mais deve: R$ 170 milhões. Globo, em 2º lugar, deve R$ 138 milhões. O único dos 5 grandes sem dívidas com a Previdência é o SBT.