Ciência

Pernambuco desenvolve medicamento anticovid que vai ser testado em animais; estudo teve início em 2020 e já passou por várias etapas

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco (UPE) estão desenvolvendo, em parceria com a financiadora de projetos Of Joseph do Brasil, uma molécula que será usada na produção de um medicamento antiviral e com atividade anti-inflamatória, ideal para prevenir a covid-19.

Trata-se de um sistema nanoestruturado que recebeu o nome de Amparo. Essa molécula é criada a partir de uma proteína secretada pelo fígado, a “lectina ligadora de manose”, que já faz parte das defesas naturais do organismo. E o resultado será uma solução em forma de aerosol capaz de inativar o novo coronavírus na mucosa pulmonar.

Leia mais:
>>> Cientistas descobrem variante com recombinação do coronavírus na América do Norte; linhagem foi encontradas originalmente nos EUA e no México

Iniciado no ano passado, o estudo já passou por várias etapas e continua contando com a colaboração de 30 pesquisadores entusiasmados com o projeto, entre eles a professora Patrícia Moura. A expectativa dos pesquisadores é conseguir testar o Amparo em animais até o final deste ano.

O registro internacional do medicamento vai permitir que ele passe por experimentação também na Holanda, por meio de um acordo de cooperação internacional da Of Joseph Brasil com centros de pesquisa da cidade de Maastricht.

Crescimento da doença no mundo

As normas de flexibilização de convívio com a Covid-19  têm avançado em diversos estados do Brasil, inclusive em Pernambuco, que nos últimos dias acabou com a restrição de horário em bares e restaurantes, além de aumentar a quantidade de pessoas em eventos, shows e estádio de futebol.

Porém indicadores de vários países mostram que a incidência de covid-19 volta a crescer, com aumento de internações e mortes, e afasta a possibilidade de realização do carnaval no Brasil. Rússia e Cingapura, por exemplo, vivem o pior momento da pandemia desde março de 2020.

Contudo, são cenários distintos. Enquanto os russos possuem baixo percentual de vacinação, 33,6%, o país asiático tem 99,57% de pessoas completamente imunizadas.

Agência Brasil