Preocupação

Covid-19 volta a crescer em diversos países e compromete a realização do carnaval no Brasil 

As normas de flexibilização de convívio com a Covid-19  têm avançado em diversos estados do Brasil, inclusive em Pernambuco, que nos últimos dias acabou com a restrição de horário em bares e restaurantes, além de aumentar a quantidade de pessoas em eventos, shows e estádio de futebol.

Porém indicadores de vários países mostram que a incidência de covid-19 volta a crescer, com aumento de internações e mortes, e afasta a possibilidade de realização do carnaval no Brasil. Rússia e Cingapura, por exemplo, vivem o pior momento da pandemia desde março de 2020. Contudo, são cenários distintos. Enquanto os russos possuem baixo percentual de vacinação, 33,6%, o país asiático tem 99,57% de pessoas completamente imunizadas.

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Em comum, os países deixaram de lado medidas de distanciamento social, entre outras ações protetivas. Cientistas alertam que uma tendência similar de piora pode chegar ao Brasil.

“Do ponto de vista epidemiológico, a flexibilização das medidas de distanciamento social facilitam a disseminação de vírus respiratórios e, portanto, podem levar a uma retomada do crescimento no número de novos casos”, destaca o coordenador do InfoGripe, pesquisador Marcelo Gomes.

Já a Áustria vai impor um lockdown generalizado e tornar a vacinação obrigatória para conter a explosão nos casos de Covid-19. As duas medidas foram anunciadas pelo chanceler Alexander Schallenberg nesta sexta-feira, 19 de novembro, apenas quatro dias depois da entrada em vigor do confinamento para a população não vacinada.

A melhora no cenário brasileiro, que veio junto com a vacinação, levou, por outro lado, ao relaxamento precoce em medidas de segurança, de acordo com cientistas. Eles alertam para patamares que seguem elevados de transmissão e mortes, e que, além disso, a situação continua recheada de incertezas.

Em especial, pelo percentual insuficiente de vacinados; são cerca de 50%, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica ao menos 80% para uma situação mais confortável.

O coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt, destaca que nas últimas semanas o país viu uma “desaceleração da queda dos números e uma possível estagnação em um patamar bem mais elevado do que gostaria”. Ele afirma que o país é grande e que o surto deve ser analisado de forma mais localizada.

“São muitos fatores e a soma de todos é que nos mostra como a situação está e quais as políticas públicas que devem estar sendo debatidas. Temos muitas situações distintas. Uma taxa de transmissão só para o país inteiro não diz nada”, disse.

*Informações foram divulgadas pela Rede Brasil Atual.