Um vídeo em que mostra um travesti que usou o banheiro feminino da escola agredindo aluna que reclamou da situação, ganhou repercussão nas redes sociais de alguns políticos. Em seu perfil no Instagram, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que “nenhuma mulher é obrigada a ver um pênis balançando no banheiro feminino”.
“Quem apóia essas idéias na verdade estimula o conflito – isso sem falar na bizarrice de confundir “se achar” com “ser”, afinal, ninguém tem a dívida no banco perdoada por se achar rico, para citar apenas um exemplo”, completou Eduardo Bolsonaro.
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Na publicação não consta a data da confusão e nem em que cidade teria acontecido. Porém no vídeo é possível ouvir outros alunos pedindo para que a travesti solte a aluna.
Além do deputado federal Eduardo Bolsonaro, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).
Confira as imagens que estão circulando na Internet:
Pernambuco
A Gerência de Políticas Educacionais de Educação Inclusiva, Direitos Humanos e Cidadania, da Secretaria de Educação e Esportes do Estado de Pernambuco, emitiu uma nota técnica garantindo às pessoas transgêneres, travestis e transexuais o uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero.
“No que se refere ao uso de banheiros por pessoas transgêneres, travestis e transexuais, cumpre garantirmos a todas elas o direito ao uso do banheiro conforme a identidade de gênero que cada uma delas auto reconhece e auto declara, como consta no documento estadual de Orientação”, diz trecho da nota técnica, assinada por Vera Lúcia Braga de Moura, Gerente de Políticas Educacionais em Educação Inclusiva, Direitos Humanos e Cidadania (GEIDH).
A nota técnica, apesar de afirmar a importância de fomentar-se espaços e momentos “de escuta atenta, ativa e qualificada das pessoas transgêneras (binárias ou não)”, não corrobora a criação de um terceiro banheiro.
“Não se orienta mudanças na arquitetura ou estrutura física da escola, a exemplo da construção de um terceiro banheiro, nem a indicação de que tais pessoas da construção de um terceiro banheiro, nem a indicação de que tais pessoas utilizem o banheiro de professoras/professores, tampouco o banheiro de pessoas com deficiência. Que seja utilizado o banheiro considerando a identidade de gênero a qual a pessoa se identifica”, diz o documento.
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