Argumento

Paulo Guedes rebate críticas de ex-ministro da Economia sobre furo do teto de gastos: "Tinha que ficar quieto e ter uma velhice digna"

Após críticas sobre o rompimento do teto de gastos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, atacou os críticos a sua política econômica no domingo, 24 de outubro, em Brasília. Entre eles, direcionou as críticas ao ex-ministro Maílson da Nóbrega, e aos ex-presidentes do Banco Central, Affonso Pastore e Henrique Meirelles.

“Um economista que está criticando muito é o Maílson da Nóbrega, ele levou o Brasil para 5.000% de inflação com a política ‘feijão com arroz’ dele. Ele levou o governo brasileiro ao caos. Um segundo economista que criticou bastante foi o Affonso Pastore, que era um bom amigo, é um economista com um passado razoável, mas não tem bom treinamento em política econômica geral, por isso não está entendendo o que estamos fazendo, então fica me xingando, me atacando, mas ele serviu a um governo militar”, criticou.

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O ministro da Economia disse ainda que o governo do presidente João Baptista Figueiredo foi um “caos” e “ateou fogo no Brasil” enquanto Pastore estava no Banco Central e “não fez nada”. Em paralelo, Guedes disse que está ajudando um democrata, apontando para Bolsonaro.

“Ele [Pastore] tinha que ficar quieto e ter uma velhice digna”, aconselhou Guedes.

O ministro também atacou o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, dizendo que ele está em campanha e “serve a qualquer partido”.

“Está criticando, mas deu três aumentos de salários que nós estamos tendo que pagar”, criticou. “Colocou o teto e saiu correndo, não fez a reforma da Previdência, não fez a reforma tributária, não fez nada, só ‘botou’ o teto e saiu correndo”, completou.

Sair junto

Após a crise econômica da última semana gerada pelo anúncio de que o governo federal iria furar o teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil, o presidente Jair Bolsonaro foi a um evento público em Brasília neste domingo acompanhado do ministro da Economia Paulo Guedes.

Em uma entrevista coletiva, Guedes voltou a defender o pagamento do benefício de R$ 400 às famílias mais pobres e disse que a aprovação de reformas propostas pelo governo, como a administrativa e a do Imposto de Renda, compensariam o furo do teto.

Bolsonaro também negou a possibilidade de que Guedes deixasse o governo. Ao ser questionado sobre o assunto, afirmou:

“A gente vai sair juntos (do governo), fique tranquilo”.

Da redação do Portal com informações do IG