“Para ser pátria amada não pode ser pátria armada”, disse Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, durante homilia em celebração pelo Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, na manhã desta segunda-feira, 12 de outubro, como forma de crítica pelo momento em vive o país.
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Em discurso no Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo, o religioso disse que o povo precisa abraçar “nossas autoridades para construir um Brasil pátria amada”. Declarações não citaram o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido),
“Para ser pátria amada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. Todos irmãos construindo a grande família brasileira”, afirmou Dom Orlando Brandes.
No começo do sermão, o arcebispo mencionou os indígenas e os negros. “Vou pedir que cada um de nós abrace o Brasil, abrace o nosso povo, a começar pelo povo mais original, vamos abraçar nossos índios, primeiro povo dessa Terra de Santa Cruz, vamos abraçar os negros que logo vieram fazer parte desta terra, vamos abraçar os europeus que aqui chegaram”, disse dom Orlando.
Em certo trecho da homilia o arcebispo de Aparecida também lembrou as mortes causadas pela pandemia de covid-19: “Nestes dias, o Brasil está enlutado pelas 600 mil mortes”.
Bolsonaro no Santuário Nacional de Aparecida
A última vez que o presidente Jair Bolsonaro participou de uma missa no Santuário Nacional foi no dia 12 de outubro de 2019. Em desfile de carro na parte externa – do maior templo católico do país – acenou para os fiéis. Já dentro do Santuário, a reação também foi de acenos até o início da celebração. O presidente esteve acompanhado de sua comitiva perto do altar central.
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