Defesa

Mandato coletivo das Juntas reforça luta por legalização do aborto na América Latina durante sessão na Alepe com apoio de outros parlamentares

A passagem do Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Legalização do Aborto, em 28 de setembro, foi destacada pelo mandato coletivo Juntas (PSOL), no Pequeno Expediente da Reunião Plenária na Alepe que ocorreu no dia 30 de setembro. A deputada Jô Cavalcanti defendeu que o Brasil acompanhe as mudanças dos países na questão.

“A conquista da legalização do aborto na Argentina e no México mostra um avanço dos movimentos feministas que queremos ver também por aqui”, afirmou a parlamentar.

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“Mantida na ilegalidade, a interrupção da gravidez é a quarta causa de mortalidade materna no nosso País, principalmente entre mulheres negras e pobres.”

Jô considerou importante esclarecer que a luta é pela autonomia feminina, e não por procedimentos indiscriminados e sem critério.

“Defendemos o aborto até as 22 semanas, assim como nos casos em que a legislação já permite atualmente: estupro, risco de vida para a mãe e quando o feto é anencéfalo”, informou.

A psolista observou que, mesmo nas situações autorizadas por lei, as mulheres enfrentam dificuldades.

“Todos vimos o que ocorreu quando uma menina de 10 anos do Espírito Santo foi obrigada a vir ao Recife para se submeter a um aborto. Quem tenta impedir a interrupção da gravidez vê o feto em formação como mais importante do que a vida de mulheres e crianças”, prosseguiu.

A manifestação das Juntas recebeu o apoio da deputada Laura Gomes (PSB).

“Enquanto mulheres ricas fazem aborto com toda a segurança, as pobres morrem por falta de assistência à saúde. Não podemos deixar o debate embaixo do tapete porque as mortes só atingem um segmento”, opinou.

O discurso também foi endossado pelos deputados João Paulo (PCdoB) e Teresa Leitão (PT).

Da redação do Portal com informações da Alepe