Eleições

Empresário Luciano Hang admite a aliados que pode disputar o Senado Federal em 2022

Dias após enfrentar a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, o empresário Luciano Hang já vem conversando com aliados sobre a possibilidade de disputar uma vaga no Senado Federal pelo estado de Santa Catarina, nas eleições do ano que vem. A informação é do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

Há alguma semana, o dono das lojas Havan negava prontamente a chance de concorrer às eleições. No entanto, nas últimas semanas, o empresário já vem dizendo a aliados que está “avaliando” a possibilidade.

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A candidatura tem recebido apoio de parlamentares conservadores de Santa Catarina, entre eles, a deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC) e o senador Jorginho Mello (PL-SC) – este último deve se candidatar ao governo do estado.

Em declaração após ser ouvido na CPI, na última quarta, 29 de setembro, Hang afirmou que só irá tomar uma decisão no próximo ano: “Eu sou um ativista político. [Em] 2022 vou pensar o que fazer”, disse.

Da redação do Portal de Prefeitura com informações do Pleno News. 

CPI

Na CPI, Hang foi convocado por ser acusado de pertencer ao chamado “gabinete paralelo”, grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro suspeito de aconselhar o presidente em relação à pandemia de Covid-19, promovendo ideias sem comprovação científica, como o “tratamento precoce” com hidroxicloroquina e ivermectina.

A convocação de Hang foi aprovada na última quarta-feira, (22), por requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI. No mesmo dia, o nome de Hang foi citado no depoimento de Pedro Benedito Batista Jr., diretor da empresa de planos de saúde Prevent Senior.

Foi em um dos hospitais próprios da Prevent, o Sancta Maggiore, em São Paulo, que a mãe do empresário, Regina Hang, de 82 anos, morreu em fevereiro deste ano.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Luciano Hang aparece dizendo que a mãe poderia ter sido salva se tivesse feito “tratamento preventivo”. Porém, o prontuário de Regina Hang no Sancta Maggiore, obtido pela CPI junto ao hospital, indica que ela tomara, sim, hidroxicloroquina e ivermectina antes da internação.

A Prevent Senior vem sendo acusada por médicos de incentivar a prescrição desses medicamentos, na contramão dos principais estudos científicos realizados desde o início da pandemia.

Já internada, ela teria sido submetida a ozonioterapia por via retal, tratamento vedado pelo Conselho Federal de Medicina por falta de comprovação de sua eficácia.