O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista à revista “Veja”, publicada nesta sexta-feira, 24 de setembro, que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, se vacinou nesta semana nos Estados Unidos.
Para políticos e infectologistas, a opção da primeira-dama de se vacinar nos Estados Unidos, e não no Brasil, é um “absurdo” e um “desprezo” ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Bolsonaro foi questionado pela revista se é um mau exemplo o fato de ele ter declarações contra vacinas e ter demorado para comprar imunizantes para o Brasil. Na resposta, o presidente contou que Michelle quis se vacinar na viagem ao exterior. Bolsonaro reforçou que ele ainda não se vacinou.
“Tomar vacina é uma decisão pessoal. Minha mulher, por exemplo, decidiu tomar nos Estados Unidos. Eu não tomei”, revelou o presidente.
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Em Brasília, cidade onde a primeira-dama mora, a vacinação para a idade dela (39 anos) está disponível desde o dia 23 de julho.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, a primeira-dama teve que fazer exame de PCR antes de embarcar de volta para o Brasil, e aceitou a vacina que lhe foi oferecida na ocasião. A assessoria declarou que Michelle “reitera a admiração e o respeito pelo SUS e, em especial, pelos profissionais da área, que se dedicam incansavelmente ao cuidado da saúde do povo”.