Declaração

Dilma Rousseff: "Nosso lugar não é com os EUA, mas é a independência, ao lado da China"

Em artigo publicado no curso “Estado, política e Democracia na América Latina”, organizado pelo jornal argentino Paginga12, a ex-presidente Dilma Rousseff defendeu que o Brasil abandone o “complexo de inferioridade frente ao EUA” e afirmou que o lugar do Brasil é na independência, junto da china.

“Não é possível seguir reproduzindo o complexo de inferioridade de algumas elites e oligarquias que não fazem outra coisa a não ser submeter-se de maneira vergonhosa aos Estados Unidos”, critica Dilma.

Em outro trecho, Dilma analisa o modelo político e econômico da China e afirma que o Partido Comunista Chinês faz parte da “tradição civilizadora” do país asiático.

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A estratégia chinesa

“A china, de fato, não é uma democracia liberal. A China está controlada pelo PCCh (Partido Comunista da China) […] acredito que a China seja extremamente pragmática. Mas, não faz parte da mentalidade chinesa interferir na maneira como os países se organizam internamente, na organização social, econômica, política e sua cultura. Há uma diferença de enfoque, de visão”, explica Rousseff.

Para a ex-presidente, “a visão estratégia da China é diferente da ocidental. O jogo estratégico ocidental é mais complexo, com o objetivo de rodear a rainha e matar o rei. O jogo chinês é de estratégia e não de assédio”.

Em uma crítica direta a política econômica e internacionalista dos EUA, Dilma Rousseff afirma no artigo que “não se ganha com ações diretas e conquista, com guerra: a melhor forma de ganhar é não lutar […] nosso lugar não está com os Estados Unidos. Nosso lugar é a independência, junto com a China”, finaliza Rousseff.

Confira o artigo completo:

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