Investigação

Polícia Federal em Pernambuco deflagra operação para apurar fraude de R$ 39 milhões em pagamentos irregulares de benefícios previdenciários

A Polícia Federal em Conjunto com a Força Tarefa Previdenciária deflagrou nesta terça-feira, 24 de agosto, a operação ‘Nati Ficto’, com o cumprimento de um mandado de Busca e Apreensão na cidade de Paulista/PE, objetivando apurar fraudes previdenciárias consistentes na concessão irregular de benefícios assistenciais ao idoso (previsto na LOAS).

Conforme apurado no decorrer da investigação que teve início em 2019, as fraudes restaram evidenciadas uma vez que os benefícios eram concedidos com base em documentos falsos utilizados para fazer prova de idade superior a 65 anos de forma fictícia.

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Ao todo estão sendo alvos de investigação 708 (setecentos e oito) benefícios e um prejuízo estimado aos cofres públicos até agora de R$ 39 milhões de reais. A estimativa de um prejuízo futuro gira em torno de R$ 124 milhões de reais, caso tais benefícios não fossem identificados.

As condutas típicas praticadas são: estelionato qualificado (artigo 171 §3º do Código Penal); inserção de dados falsos em sistema de informações (artigo 313-A do Código Penal), cujas penas, se somadas, podem atingir até 17 anos de reclusão.

O nome da operação Nati ficto faz referência a nascido ficticiamente em virtude dos benefícios terem sido criados para pessoas inexistentes.

Da redação do Portal de Prefeitura com informações da Polícia Federal. 

‘Sequência Real II’ 

A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou na manhã desta terça-feira, 24 de agosto, a 57ª operação de repressão qualificada do ano, denominada “Sequência Real II”, que investiga crimes de fraude em licitações, peculato (desvio de dinheiro público), lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no município de Amaraji e Gameleira, ambas na Zona da Mata pernambucana.

De acordo com informações da delegada  Isabela Veras Porpino, que presidiu as investigações, estariam sendo beneficiados pelo esquema o ex-prefeito de Amaraji, Rildo Reis (Avante), a esposa dele e ex-presidente da Câmara Municipal, além de familiares e advogados que teriam sido contratados para prestar serviços de assessoria jurídica.

Ainda segundo a delegada, o laboratório de lavagem de dinheiro da Polícia Civil de Pernambuco LAB/PCPE, identificou várias transações suspeitas entre a atual prefeita de Amaraji, Aline Gouveia (PSB), e os envolvidos na investigação.