Crítica

Presidente da ACS-PE, Albérisson Carlos, repudia ex-presidente Lula por alegar que militares da ativa não assumam cargos comissionados no governo

As declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra os militares  e favorável a emenda constitucional (PEC) da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que visa proibir que esses profissionais da ativa seja das Forças Armadas, da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar que ocupem cargos na administração pública, foi repudiada pelo presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS-PE), Albérisson Carlos.

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“O fato de sermos militares não anula nosso registro civil e nem nossas obrigações civis que estão na Constituição. A sociedade é civil, ser militar é um dos seguimentos da sociedade, militar é uma profissão, portanto não há sociedade militar e sociedade civil, inclusive, pagamos nossos impostos como qualquer cidadão. Talvez o que o ex-presidente Lula esteja incomodando é que alguns valores que os militares defendem têm compromisso com a honestidade,  talvez é isso que incomode a ele”, disparou Albérisson Carlos.

O presidente da ACS-PE afirmou também que atualmente os cargos ocupados pelos militares no governo são porque os profissionais possuem capacidade técnica.

“Os militares estudam e as  escolas militares apresentam os melhores e maiores níveis de aprovação no Brasil, tanto é que são modelos para a educação de um modo geral. Qual é o cidadão que não iria querer seu filho estudando em uma escola militar ou uma escola que tenha um modelo militar?!  Então essa declaração dele foi além de infeliz, demonstra o sentimento que ele tem em relação aos militares. “, reforçou Albérisson Carlos.

Durante coletiva de imprensa concedida aos jornalistas em um hotel no Recife, na tarde da última segunda-feira, 16 de agosto, o petista criticou a presença de militares no governo Bolsonaro, e ao citar a Constituição, Lula argumentou que a função das Forças Armadas é de garantir a soberania nacional e defender as fronteiras brasileiras de possíveis inimigos externos.

“É isso que ela precisa fazer. E não se meter em política. Se quiser se meter em política, tire a farda, vire um cidadão comum e se candidate a qualquer coisa”, defendeu.

Lula também alegou que a CPI da Pandemia no Senado Federal estaria revelando suposta  participação de militares em esquemas de corrupção na aquisição de vacinas por parte do Ministério da Saúde.

“A CPI está mostrando o que aconteceu com a quantidade de coronéis que em nome de institutos e ONG´s estavam montando uma verdadeira quadrilha de comprar vacinas. Eu não tenho conversa com os militares. Não há porque conversar com militares, não há porque conversar com Ministério Público, não há porque conversar com a Polícia Federal. Eles são instituições do Estado, eles têm funções a cumprir e tem que respeitar o regulamento e a constituição”, argumentou o político.