Decisão

CPI aprova acareação entre ministro Onyx Lorenzoni e deputado Luis Miranda

A CPI da Pandemia aprovou na quarta-feira, 11 de agosto, o requerimento de acareação entre Onyx Lorenzoni, Ministro do Trabalho e Previdência, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). O deputado denunciou um suposto caso de corrupção, envolvendo o governo federal, na tentativa de compra da vacina Covaxin.

A acareação está prevista para 18 de agosto — mas essa data ainda precisa ser confirmada.O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que informações obtidas com quebras de sigilos motivaram o pedido.

O deputado Luís Miranda denunciou um suposto caso de corrupção, envolvendo o governo federal, na tentativa de compra da vacina Covaxin. Em entrevista coletiva no final do mês de junho, o ministro Onyx, na época na Secretaria-Geral da Presidência, negou existir irregularidades na negociação e disse que o documento apontado pelo deputado era falso.

“É urgente essa acareação, à luz das informações que nós temos”, afirmou Randolfe.

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Para o relator da Comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), a acareação do ministro Onyx com o deputado Luís Miranda se justifica por conta das divergências nas versões em relação à utilização de um documento, supostamente falso, na operação comercial do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos, representante no Brasil da Bharat Biotech, produtora da Covaxin.

Renan apontou que a investigação da CPI é complexa e disse que os senadores buscam fazer tudo dentro dos limites do estado democrático de direito. Segundo o relator, a aprovação da acareação foi rápida “porque era necessário”.

Ele acrescentou que a comprovação da existência do gabinete paralelo, da tese da imunidade de rebanho e das ações do governo no atraso da compra das vacinas são conquistas do trabalho da Comissão.

“Esta CPI conseguiu, ao contrário de outras e num espaço curtíssimo de tempo, muitos resultados. Estamos avançando na comprovação da corrupção, que é um fato gravíssimo, o que tem deixado o Presidente da República entre o desespero e a sandice”, afirmou Renan.

Agência Senado