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Em debate na TV Nova, presidente da ACS-PE discute estatuto do armamento com advogada do criminoso Lázaro

O Debate da TV Nova ocorreu na tarde desta terça-feira (10), na sede da emissora afiliada à TV Cultura. O tema foi o Estatuto do Desarmamento. O apresentador Pedro Paulo mediou o debate que teve a participação do Presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados, Albérisson Carlos.

Na primeira participação, Albérisson mostrou um artigo publicado na revista Época, demonstrando que, dez anos após o ED entrar em vigor, a escalada da violência ficou ainda mais latente. A região nordeste foi a mais prejudicada. O crescimento de mortes violentas intencionais subiu mais de 200% de 1994, dez anos antes da lei que proibiu o acesso às armas por cidadãos comuns, para 2013, dez anos depois do estatuto entrar em vigor.

“É um artigo publicado por dois doutores. Fica claro que o desarmamento da população deixa a sociedade vulnerável. O nordeste sofre mais com isso, pois também é uma região mais carente de políticas sociais”, argumentou Albérisson.

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Em debate na TV Nova, presidente da ACS-PE discute estatuto do armamento com advogada do criminoso Lázaro
Em debate na TV Nova, presidente da ACS-PE discute estatuto do armamento com advogada do criminoso Lázaro. Foto: Divulgação

O Presidente da ACS-PE também questionou o motivo para existir uma verdadeira força tarefa para desarmar o cidadão. Ele lembrou da máxima que diz: um povo armado nunca será escravidão, e lembrou que, após o relaxamento do Estatuto do Desarmamento, as invasões de terras produtivas praticamente não existe mais.

O debate teve a participação do telespectador através do WhatsApp. Um Policial Rodoviário Federal concordou com o posicionamento do Presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados. Ele lembrou que a Polícia não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Albérisson também alertou sobre a condição para que o cidadão comum tenha acesso a uma arma de fogo. Ele precisa passar por avaliação psicológica, treinamento para manusear o armamento e não ter antecedentes criminais.

“É muito fácil usar de minorias para vencer no debate. Dar como exemplos casos isolados é uma tentativa de manipular a opinião pública. Armas usadas em crimes são ilegais, sem procedência e monitoramento da Polícia Federal. Um artigo publicado na revista Época apresenta números que comprovam isso. Menos de 0,5% das armas apreendidas no Rio de Janeiro são legalizadas”, disse Albérisson, que chamou a atenção para a inversão de valores.

“Se alguém quer ser advogado de estuprador, a sociedade não pode pagar por isso com a própria liberdade”, concluiu.