Educação

Recife adere programa do UNICEF "Unidade Amiga da Primeira Infância" com foco em saúde e educação infantil

Na manhã da quinta-feira, 5 de agosto, o prefeito do Recife João Campos assinou um termo de adesão à estratégia Unidade Amiga da Primeira Infância – UAPI, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF. A medida amplia as políticas públicas da cidade voltadas para os pequenos cidadãos e terá foco intersetorial, sobretudo nas áreas de educação, saúde e assistência social. A iniciativa visa capacitar, monitorar, acompanhar e certificar a melhoria da oferta de serviços e diálogo entre profissionais e famílias para melhor desenvolvimento das crianças de até seis anos de idade atendidas em unidades de saúde e de ensino infantil da rede municipal. Também participaram da reunião, feita de forma virtual, o secretário de Educação, Fred Amancio, a secretária de Saúde, Luciana Albuquerque e o representante do UNICEF no estado, Dennis Larson.

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Recife adere a programa do UNICEF. Foto: Diego Nigro – PCR

“A gente tem a oportunidade de poder inaugurar mais uma parceria com o UNICEF que já traz um olhar para a intersetorialidade e integração das áreas da política pública. O nosso município tem uma Lei, a 18796, de 2020, que cria um plano decenal para a Primeira Infância e um dos eixos fundamentais dele é compreender que as políticas públicas para a primeira infância têm caráter intersetorial. Pra gente cuidar de maneira integral da criança tem que garantir que, para além da saúde, as demais áreas do município vão ter uma atenção e um cuidado, numa gestão pública focada em resultados”, explicou João Campos.

De partida, duas unidades de ensino infantil já farão parte da iniciativa: Creche Escola Mércia Maria Bezerra Costa, em Nova Descoberta, e a Creche Escola Alcides Restelli Tedesco, que fica na Madalena. Juntas, as unidades são responsáveis por 354 crianças em 16 turmas que estão sob os cuidados de 16 professores e 21 Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs). A ideia é que a iniciativa também envolva a comunidade escolar com os indicadores de qualidade na educação infantil e incentive a participação ativa das famílias na rede de proteção existente como os Centros de referência de Assistência Social (CRAS), Conselho Tutelar e agentes de saúde.

Além do Recife, Belém, Rio de Janeiro, São Luís e Salvador aderiram à estratégia, que foi renovada por Fortaleza, capital que serviu de referência para a adoção da política em um programa piloto implementado em 2017 na capital cearense com foco em unidades de saúde. As unidades de educação infantil e saúde que aderem voluntariamente à estratégia passam então por constantes capacitações, avaliações e acompanhamento. Assim, vão sendo monitoradas até receberem a certificação UAPI, que valida o equipamento de educação ou saúde como referência de política pública para a Primeira Infância.

Para Dennis Larson, representante do Unicef no Estado, a iniciativa da ampliação das políticas públicas para a Primeira Infância no Recife é mais um avanço.

“O Recife sempre tem sido uma cidade parceira muito importante e foi escolhida como cidade referência em conferências internacionais para mostrar suas boas práticas. E agora estamos compartilhando a experiência de Fortaleza para fazer essa troca de ferramentas e metodologia entre as cidades do Brasil. É uma grande alegria para avançar mais ainda nessa pauta para Recife”, avalia Larson.

O secretário de Educação do Recife, Fred Amancio, também celebrou a parceria. “Estamos muito satisfeitos de aderir à iniciativa, que reforça ainda mais a parceria que o Recife já tem com o UNICEF”, pontuou Fred, cuja pasta possui uma Secretaria Executiva da Primeira Infância e que tem a responsabilidade de cuidar de toda a política intersetorial da Prefeitura do Recife voltada para a primeira infância.

“Esse trabalho tem a participação muito intensa da Secretaria de Saúde e a gente vai incorporar também o trabalho de Secretaria de Assistência Social, dentro de uma filosofia do prefeito de que todas as ações voltadas para a primeira infância, a despeito das particularidades das áreas, seja sempre um trabalho intersetorial”, revelou.