Retorno

Ex-governador da Paraíba, investigado por corrupção, pretende se filiar ao PT novamente após encontro com Lula

Sem liderança, aos poucos sendo escanteado no PSB, pela direção estadual e nacional, o ex-governador Ricardo Coutinho já está “fazendo as malas” para voltar para uma antiga casa, o PT.

O aceno foi compartilhado, inicialmente, por Ricardo Coutinho ao postar em suas redes sociais uma foto ao lado do ex-presidente Lula e da presidente do PT, Gleise Hoffman. A mudança oficial deve acontecer ainda este mês, justamente quando o ex-presidente Lula deve visitar à Paraíba, durante caravana pelo nordeste.

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Por outro lado o deputado estadual Anísio Maia voltou a destacar que a maioria dos petistas não o quer de volta ao partido.

Segundo ele, a maioria já expressou a executiva nacional que no momento não é conveniente para o partido a filiação do ex-gestor e que ao invés de somar vai criar é problemas para o PT nas eleições do próximo ano.

“Em política, às vezes dois mais dois pode resultar em zero. Essa é a nossa preocupação. O PT está organizando sua chapa com muita tranquilidade. Está tendo êxito na formação da chapa e nós estamos avançando nisso”, explicou.

Disse ainda que depois da situação jurídica de Lula, o partido ficou bem mais fácil de se trabalhar e que o fardo se tornou mais leve com o esclarecimento da Lava Jato e a desmoralização do ex-ministro Sérgio Moro.

“Nós estamos numa situação muito boa pra disputar a eleição e aumentar a bancada do PT. Portanto, toda adesão tem que ser bem analisado porque ao invés de somar, divide, que é o caso de Ricardo Coutinho e de alguns deputados socialistas”, avaliou.

Investigações

o ex-governador Ricardo Coutinho, se tornou alvo de nova fase da Operação Calvário, realizada pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pela Polícia Federal.

A ação investiga organização criminosa suspeita de desvio de R$134,2 milhões de serviços de saúde e educação.

Segundo a “Operação Calvário – Juízo Final”, do valor total desviado, mais de R$ 120 milhões foram destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018