Na Tunísia, Norte da África, o presidente Kais Saied, determinou na noite do último domingo, 25 de julho, a suspensão por 30 dias das atividades do Parlamento e a destituição do primeiro-ministro, Hichem Mechichi.
A suspensão das atividades parlamentares aconteceu após protestos realizados neste domingo contra autoridades do país, em especial o partido governista Ennahda, de orientação islamita.
Segundo a agência Reuters, dezenas de milhares de pessoas permaneceram nas ruas da capital Túnis e de outras cidades para apoiar a decisão de Saied.
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A decisão, tomada após reunião no palácio presidencial, atribui para Saied plenos poderes executivos. O presidente tunisiano afirmou que a medida está prevista na Constituição do país.
“A Constituição não me permite dissolver o Parlamento, mas sim suspender a sua atividade”, disse Saied.
Ele afirmou que seguiu o artigo 80 da constituição da Tunísia, que permite que este tipo de medida seja adotada frente à um “perigo iminente”. Saied também usou o trecho para suspender a imunidade dos membros do Parlamento.
A Constituição também diz que o presidente tem responsabilidade direta somente por relações exteriores e pelas Forças Armadas.
Segundo a agência Reuters, dezenas de milhares de pessoas permaneceram nas ruas da capital Túnis e de outras cidades para apoiar a decisão de Saied.
Apoio popular
Segundo a agência Reuters, dezenas de milhares de pessoas permaneceram nas ruas da capital Túnis e de outras cidades para apoiar a decisão de Saied.
This footage is for everyone speaking of #Tunisie with a sad dystopian tone. We are happy, we've been heard,we've been represented by our elected official. Happy عيد جمهورية 🇹🇳🇹🇳
Document it please, today marks history.#قيس_سعيد https://t.co/wC1sRxcvqD— Hiba Ghaki (@HibaGhaki) July 25, 2021
Golpe
O Ennahda, maior partido no Parlamento da Tunísia, considerou a decisão de Saied, que atua como independente, um “golpe contra a revolução e a Constituição.
“Consideramos as instituições ainda de pé, e os partidários do Ennahda e o povo tunisiano defenderão a revolução”, afirmou o líder do partido, Rached Ghannouchi.