Gravações

Áudios de ex-cunhada de Bolsonaro revelam indícios de participação do presidente em esquema de rachadinha; Planalto alega 'indução ao erro'

Em uma gravação de áudio da ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), revela que enquanto Bolsonaro ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados, teria demitido um ex-servidor de seu gabinete por se recusar a entregar parte de seu salário no esquema conhecido como “rachadinha”, ou desvio de dinheiro público . As informações são do portal Uol.

As revelações foram realizadas pela ex-cunhada do presidente Bolsonaro, Andrea Siqueira Valle. Em uma série de gravações, a fisiculturista declara que o “André [Siqueira Valle, ex-cunhado de Bolsonaro] dava muito problema porque nunca devolveu o dinheiro certo, que tinha que ser devolvido. Tinha que devolver R$ 6 mil? O André devolvia R$ 2 mil, R$ 3 mil. Foi um tempão assim até que o Jair [Bolsonaro] falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo.'”

Confira o áudio: 

 
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Jair Bolsonaro ocupou o cargo de deputado federal na Câmara entre 1991 e 2018. Durante este período, teve André Valle como eu assessor entre os anos de 2006 e 2007. O valor combinado de devolução salarial seria de 90% do pagamento, de acordo com Andrea.

O advogado do presidente da República, Frederick Wassef , negou qualquer irregularidade cometida pelo presidente enquanto parlamentar e alegou tratar-se de “narrativas de fatos inverídicos, inexistentes, jamais existiu qualquer esquema de rachadinha no gabinete do deputado Jair Bolsonaro ou de qualquer de seus filhos”.

Wassef ainda alegou que os áudios de Andrea são “gravações clandestinas à qual não tenho acesso, não conheço o conteúdo e não foi feita perícia”. O advogado ainda disse que a divulgação destas afirmações faz parte de uma antecipação da campanha eleitoral em 2022.

Confira nota do Planalto:

“Considerando que não tivemos acesso à íntegra das gravações divulgadas pelo UOL, mas apenas a trechos fora de contexto, sem mais informações sobre data e hora, não há como nos manifestar. A construção da narrativa, tal qual feita pelo UOL, por meio da divulgação de trechos sem contextualização cronológica parecem ter como intuito induzir o leitor/expectador a conclusões precipitadas por carecer de contexto.”

Da redação do Portal de Prefeitura com informações do IG.