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Com Flávio Dino, PSB pode emplacar vice de Lula em uma frente da "democracia contra a ditadura"

Flávio Dino, governador do Maranhão, deixou o PcdoB em direção PSB, em uma estratégia da esquerda de unir forças para as eleições de 2022. Com o gestor no partido, que é um dos entusiastas da candidatura do ex-presidente Lula, ao ser questionado sobre uma disputa ao Senado disse que “esse é o plano principal. (Mas) outras possibilidades são especuladas”, já que é cotado como um possível nome para vice-presidente na união entre o PT e o PSB. 

Um outro motivo que levou Dino ao PSB  são as mudanças na legislação, que dificultaram a vida dos partidos pequenos, que terão menos recursos e exposição na mídia. O deputado federal Marcelo Freixo também anunciou sua filiação ao PSB foi ; ele deixou o PSOL após 16 anos. 

Em entrevista, o governador Flávio Dino disse que sua filiação e do deputado Marcelo Freixo ajudaria no diálogo com Lula.

“O PSB integrou o campo liderado pelo ex-presidente Lula desde 1989. Quando Lula foi candidato a primeira vez, o vice foi indicado pelo PSB, o então senador Bisol. Essa relação vem de longa data. Houve um distanciamento recente, mas acredito que isso já está superado. A minha presença e a do Freixo ajudam na intensificação desse diálogo, porque o ex-presidente Lula é figura imprescindível para o campo da esquerda no Brasil”.

O governador terá papel central na costura de alianças com partidos de centro e de centro-direita para a candidatura de Lula”, informa a jornalista.

Segundo a assessoria de Dino, a filiação será firmada na próxima terça-feira, 22 de junho, em Brasília, na sede da Fundação João Mangabeira.

Nas redes sociais, o governador disse que o evento contará com participação do deputado federal Marcelo Freixo.

Confira: 

Em entrevista ao Valor Econômico, ele indicou que seu caminho será construir uma grande “frente democrática” contra o projeto Jair Bolsonaro.

“Todos os partidos que estão no centro, centro-direita devem ser procurados por uma razão: é preciso isolar Bolsonaro. É uma eleição plebiscitária entre democracia e ditadura, entre civilização e barbárie, entre a Constituição de 1988 e aqueles que querem destruí-la. Não é pouca coisa em jogo. Por isso mesmo devemos aglutinar todas as forças possíveis. Todos aqueles que têm compromisso com a Constituição de 1988 podem ser nossos aliados. Bolsonaro é inconstitucional”, disse.

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