Protesto

Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Recife paralisam atividades e realizam ato nesta segunda (14)

Durante assembleia promovida pelo Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), no último domingo, 13 de junho, os trabalhadores do Recife decidiram paralisar suas atividades nesta segunda-feira, 14 de junho

Para chamar a atenção da sociedade sobre a reforma previdenciária e administrativa, encaminhada pelo prefeito à Câmara de Vereadores, sem diálogo com as entidades representativas, será realizada uma caminhada na manhã do dia da suspensão das atividades laborais.

A concentração aconteceu às 7h, na Praça Oswaldo Cruz. O percurso seguirá pela Avenida Conde da Conde da Boa Vista até a sede do Legislativo.

De acordo com o presidente do Satenpe, Francis Herbert, a categoria defende a suspensão do texto e que tenha, pelo menos, 60 dias para discutir com os sindicatos e movimentos.

“Os trabalhadores sofrem com a falta de gratificações, não há piso salarial, os equipamentos de proteção são de baixa qualidade ou estão em falta, além da precariedade das unidades de saúde e hospitalares.  Vamos sair em caminhada para impedir que o Legislativo aprove esse pacote de maldade. É importante que a sociedade entenda o descaso enfrentado pelos profissionais, sobretudo, nesse momento de pandemia”, destacou.

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“Enquanto pautas importantes, a exemplo da insalubridade em grau máximo e pandêmica estão paralisadas, segundo Francis, a Câmara poderá aprovar um projeto  que vai sacrificar ainda mais os servidores. “Se o texto está em caráter de urgência, também é da mesma  forma que vamos à luta, mesmo os servidores cientes de possíveis retaliações. Em sua possível aprovação nesta segunda, ao que tudo indica, mostrará um verdadeiro retrocesso. Uma arbitrariedade com os servidores”, completou.

Sugestão

Nesta segunda, o Satenpe apresentará aos vereadores do Recife sugestões de propostas sobre a reforma administrativa e previdenciária. O sindicato sugere a supressão parcial do art 1º da Lei Orgânica do Município (LOM), considerando que não há necessidade de se adequar a lei federal, nem a obrigatoriedade de modificar a idade dos servidores municipais para fins de aposentadoria.

A entidade defende ainda a redução no percentual  da média das contribuições de 90% para 80%,. Quanto menor a porcentagem da média  de contribuições, mais benéfico para o servidor, pois, assim aumentará o valor da média calculada a receber.

No que diz respeito a implantação de Previdência Complementar, seja garantido no texto que somente, mediante prévia e expressa opção do servidor, poderá ser aplicada.