O Tribunal de Contas da União (TCU) rebateu a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que a Corte teria um relatório questionando o número de mortes por Covid-19 em 2020. Segundo o chefe do Executivo federal, o documento apontava que os óbitos foram cerca de metade do registrado.
“O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”, registra a nota, seca, da Corte de Contas.
O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que “em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid”, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje.
— TCUoficial (@TCUoficial) June 7, 2021
Além disso, o tribunal desmentiu a veracidade de um documento que circula na internet sobre o assunto.
“O TCU reforça que não é o autor de documento que circula na imprensa e nas redes sociais intitulado ‘Da possível supernotificação de óbitos causados por Covid-19 no Brasil”, diz.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira, 7 de junho, em conversa com apoiadores, que relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o número de mortes por Covid-19 no Brasil em 2020 foi superestimado.
“O relatório final, que não é conclusivo, disse que em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid, segundo o Tribunal de Contas da União”, afirmou Bolsonaro, na entrada do Palácio da Alvorada.
“Esse relatório saiu há alguns dias. Logicamente que a imprensa não vai divulgar. Já passei para três jornalistas com quem eu converso e devo divulgar hoje à tarde. Está muito bem fundamentado, todo mundo vai entender, só jornalista não vai entender”, completou o presidente. O Brasil tem mais de 470 mil mortos por coronavírus.
Questionamento dos óbitos
Bolsonaro e seu entorno vêm questionando os números de Covid-19 no Brasil — compilados pelo Ministério da Saúde, a partir de dados das secretarias de saúde municipais e estaduais —, sob alegação de que os dados estariam insuflados.
Da redação do Portal com informações do Metrópoles
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