Após o Tribunal de Contas da União negar ontem uma declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que atribuía ao órgão um relatório que apontaria supernotificação de mortes por Covid no Brasil, o presidente admitiu o erro, nesta terça-feira, 8 de junho, durante conversa com apoiadores e disse que na verdade o documento se tratava de um ‘acórdão’.
“O TCU tá certo, eu errei quando falei tabela, o certo é acórdão. O que acontece? Tem uma lei complementar do ano passado que diz que a distribuição de verbas do Governo Federal para os Estados leva em conta alguns critérios, o mais importante era a incidência de Covid. E o próprio TCU dizia o que? que a Lei Complementar poderia incentivar uma prática não desejável da supernotificação da Covid para aquele Estado ter mais recursos, tá? A tabela quem fez foi eu, não foi o TCU. Então o TCU acertou em falar que a tabela não é deles”, explicou o Bolsonaro.
Veja o vídeo:
Apesar do esclarecimento, Bolsonaro insistiu que vê indícios de distorção dos dados e que há inúmeros “vídeos de Whatsapp” demonstrando isso. Também prometeu mobilizar a Controladoria-Geral da União (CGU) para analisar o caso.
Posicionamento do TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) rebateu a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que a Corte teria um relatório questionando o número de mortes por Covid-19 em 2020. Segundo o chefe do Executivo federal, o documento apontava que os óbitos foram cerca de metade do registrado.
“O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”, registra a nota, seca, da Corte de Contas.
Confira:
— TCUoficial (@TCUoficial) June 7, 2021
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