Violência

No México, quase 100 políticos ou candidatos são assassinados nas eleições e cabeças humanas são deixadas em locais de votação

A campanha eleitoral no México são como em qualquer outro lugar: comícios, adesivos e candidatos fazendo grandes promessas. Porém, em alguns outros movimentos da política local acontecem ações como: ameaças, ataques e assassinatos se mostram mais específicos.

A violência política mancha cada temporada eleitoral no México. As ocorrências do tipo foram intensificadas nos últimos meses.

Pelo menos 88 políticos ou candidatos a cargos públicos foram assassinados desde setembro, segundo a consultoria mexicana Etellekt Consultores.

O governo mexicano diz que as eleições deste ano serão as maiores da história. Quando as urnas forem encerradas, em 6 de junho, a disputa também pode ser uma das sangrentas.

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Cabeças 

Cabeças humanas foram encontradas em locais de votação das eleições do México do domingo (6) em Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos. Outras partes de corpos humanos também foram deixadas em uma das seções eleitorais e em outros pontos da cidade.

De acordo com o jornal “El Universal”, a primeira cabeça foi colocada em uma caixa branca e verde durante a manhã, pouco antes do início da votação. Pela tarde, outra cabeça foi deixada em outro bairro da cidade, informou a agência EFE.

Nenhuma pessoa considerada suspeita de ter deixado as cabeças nos locais de votação foi presa ou identificada até a última atualização desta reportagem. Também não se sabe quem seriam as pessoas mortas decapitadas e se havia relação com o crime organizado na região.

Os assassinatos políticos no México

O candidato Abel Murrieta distribuía panfletos de campanha em plena luz do dia há duas semanas, em uma rua movimentada de Cajeme, o município onde ele estava concorrendo a um cargo público. O ex-promotor do estado de Sonora, ao norte do país, estava com seus apoiadores quando, segundo a polícia, dois homens que estavam em um veículo o mataram com 10 tiros.

As autoridades dizem que ele foi um alvo deliberado, embora não saibam quem o fez. Uma investigação está em andamento.

Murietta era uma figura de destaque e conhecido por suas opiniões francas sobre o crime. Como advogado, ele também representou a família LeBaron, uma família com dupla cidadania americana e mexicana que perdeu nove de seus membros quando foram mortos por supostos membros do cartel no final de 2019.