O senador Renan Calheiros, que é relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 publicou nas redes sociais uma crítica ao presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na última segunda-feira, 24 de maio, pelas aglomerações que o chefe do executivo nacional promoveu durante um passeio que reuniu milhares de motoqueiros no estado do Rio de Janeiro no último domingo, 23 de maio. Calheiros disse que Bolsonaro rema para trás quando se diz respeito a pandemia do novo coronavírus.
“A prioridade é barrar a pandemia, mas Bolsonaro rema para trás. A procissão no Rio em louvor ao vírus é uma declaração de guerra ao SUS [Sistema Único de Saúde]”, publicou o parlamentar, no Twitter.
A prioridade é barrar a pandemia,mas Bolsonaro rema para trás.A procissão no Rio em louvor ao vírus é declaração de guerra ao SUS.O governador terá que explicar a molecagem com dinheiro público.Pazuello pisoteia disciplina e hierarquia e ri a céu aberto. A CPI terá muito assunto.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) May 24, 2021
Na ocasião, o senador também estendeu as críticas ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
“O governador terá que explicar a molecagem com dinheiro público. Pazuello pisoteia disciplina e hierarquia e ri a céu aberto”, completou.
Declaração
O senador Renan Calheiros disse que a visita do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ao estado de Alagoas é uma provocação.
“Hoje mesmo o presidente da República foi a Alagoas inaugurar obras estaduais em uma evidente provocação a esta Comissão Parlamentar de Inquérito. A resposta a estas ofensas é aprofundar a investigação.”, afirmou Calheiros.
A declaração do político aconteceu, pois o estado de Alagoas é considerado o reduto político de Renan, que é relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Além disso, a unidade federativa, localizada na Região Nordeste, é governada por Renan Filho, que é familiar do senador.
De acordo com o site Renova Mídia, Calheiros voltou a criticar o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, que foi acusado por ele de ter cometido o crime de falso testemunho.
Declaração
O Presidente Jair Bolsonaro chamou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) de “picareta” e vagabundo durante entrega de casas no estado do Alagoas, reduto do parlamentar, na quinta-feira, 13 de maio.
“É difícil, sabíamos, não vai ser fácil, sabemos também, porque sempre tem alguém picareta, vagabundo, querendo atrapalhar o trabalho daqueles que produzem. Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem em nosso país. É um crime o que vem acontecendo nessa CPI, mas o que interessa são as boas ações”, afirmou
A declaração se deu um dia após o filho do Presidente, senador Flávio Bolsonaro, chamar Renan Calheiros de vagabundo. O parlamentar alagoano é o relator da a CPI da Covid, que investiga se o governo federal se omitiu no combate a pandemia do novo coronavírus.
Renan Calheiros respondeu Bolsonaro durante a sessão da CPI
A minha resposta ao presidente da República é esta aqui. Esse número”, disse o senador, apontando para uma placa com o número de mortos por Covid no Brasil.
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