O Movimento “Vidas Brasileiras” protocola nesta segunda-feira, 24 de maio de 2021, na Câmara dos Deputados, pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro alegando “condução desastrosa” no combate à pandemia da Covid-19, que até o momento provocou a morte de mais de 440.000 brasileiras e brasileiros.
O movimento é formado por cidadãos sem vínculo partidário, de diferentes origens e profissões, que dizem representar a diversidade brasileira.
Eles afirmam que têm um forte laço comum que impulsionou a ação, “não aguentar mais o descaso com a saúde e a vida dos brasileiros”.
“A expectativa dos integrantes do movimento é mobilizar a sociedade civil em favor de uma pressão positiva para que este não seja mais um pedido de impeachment ignorado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira”, informam, em comunicado.
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A iniciativa engajou nomes de celebridades entre seus signatários.
- 1- Ailton Krenak, escritor e líder indígena
- 2- Chico César, cantor e compositor
- 3- Cristina Serra, jornalista e escritora
- 4- Fábio Porchat, ator
- 5- Felipe Neto, comunicador digital e youtuber
- 6- Hermes Fernandes, pastor evangélico
- 7- Julia Lemmertz, atriz
- 8-Júlio Lancellotti, padre
- 9- Ligia Bahia, médica sanitarista
- 10- Marcelo Gleiser, cientista
- 11- Raduan Nassar, escritor
12- Vanderson Rocha, médico (hematologia e terapia celular) - 13- Verônica Brasil, enfermeira
- 14- Walter Casagrande, comentarista esportivo
- 15- Xuxa Meneghel, apresentadora
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O pedido protocolado elenca uma série de atos do presidente que violam a Constituição e a Lei 1.079/1950 (Lei dos Crimes de Responsabilidade e do Impeachment).
Entre tais atos, o grupo destaca.
- O presidente divulgou informações falsas para a população, estimulando o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para tratar a Covid-19, como a cloroquina e a ivermectina, que provocam graves efeitos colaterais;
- O presidente determinou o aumento da produção de hidroxicloroquina no laboratório do Exército, remédio sem autorização da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o uso no combate à Covid-19;
- O presidente provocou aglomerações, desestimulou o uso de máscaras e medidas como a quarentena e o distanciamento social, minimizou a importância da vacina, não tomou medidas para dar agilidade à compra dos imunizantes, e incentivou a população a adotar comportamento de risco;
- O presidente violou o decoro do cargo e afrontou a dignidade nacional em inúmeras declarações em que atacou as medidas de proteção, como a de ficar em casa.