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Chuvas acima da média no mês de maio aumentam níveis das barragens no Grande Recife 

O volume de chuvas registrado nas últimas 72 horas na Região Metropolitana do Recife, acima da média esperada para o mês de maio, aumentou os níveis de todos os reservatórios da RMR, que enfrentava um cenário adverso, no fim de 2020, consequência de um inverno com poucas precipitações no ano passado.

A chuva acumulada nos últimos dias é bem representativa, com destaque para recuperação do nível da Barragem de Botafogo, situada em Igarassu, e que atende os municípios de Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima, que atingiu 25,05 % (no último dia 12, o manancial estava com 16,89%).

“Em termos percentuais, o volume de Botafogo é bem inferior a outros reservatórios, mas muito significativo em comparação a situação verificada há alguns meses, quando a barragem estava praticamente em colapso”, destaca o diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, Flávio Figueiredo.

Segundo o diretor, as cidades da Zona Norte da RMR ainda não tiveram redução de rodizio, mas a Companhia continua monitorando sistematicamente o nível deste reservatório, em parceria com a APAC.

“Estamos avaliando os cenários e a perspectivas de mais chuvas para a bacia hidrográfica da barragem de Botafogo para promover, com segurança, qualquer redução de rodizio”, explica Flávio.

A barragem de Várzea do Una, situada em São Lourenço da Mata, teve um resultado bastante positivo com o volume de 185 mm de chuva, índice de 75.8% do esperado para maio. Esse manancial, responsável pelo abastecimento de São Lourenço, estava também em situação crítica. Em 12 de maio, a barragem estava com 17,42 % e hoje registra 33.49% do seu volume total.

“No final de abril anunciamos redução do rodízio para a cidade que agora é abastecida em um esquema de 1 dia com X 8 dias sem, e à medida que o volume for aumentando poderemos estudar novas alterações”, destaca.

A Barragem de Duas Unas, em Jaboatão dos Guararapes, que opera de forma integrada ao Sistema Tapacurá, também obteve uma boa recuperação. Choveu 265 mm no município, o que permitiu um incremento de 36,21% no volume de água da barragem, que passou de 17,42% em 12 de maio para 33,49%.

“A nossa expectativa é que Duas Unas verta a qualquer momento, ou seja, atinja o seu volume máximo de armazenamento”, destaca Flávio Figueiredo.

Junto com a barragem de Tapacurá, localizada em São Lourenço da Mata, Duas Unas contribui para o abastecimento das cidades de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe.

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O reservatório de Tapacurá foi o que apresentou menor sinal de recuperação. Apesar de ter chovido 185 mm nas últimas 72 horas, um aumento de 75,8% do esperado para o período, ainda não foi suficiente para aumentar, de forma significativa, o volume do reservatório. Em 12 de maio, a barragem estava com 30.32% e hoje se encontra com 33.42%.

No Cabo de Santo Agostinho, onde está localizada a barragem de Pirapama, o segundo maior reservatório em acumulação, foi registrado o volume de 194 mm de chuva, um aumento de 67.2% do previsto para maio com as chuvas. Esse manancial conseguiu armazenar 17,25% de água, passando para 85.76% hoje, quando no dia 12 de maio estava com 68.51%.

“A barragem de Pirapama, que contribui com 5 mil litros de água por segundo para as cidades do Cabo de Santo Agostinho, Recife e Jaboatão dos Guararapes, deve acumular mais água até o fim do inverno. Aumentamos a sua produção em abril, o que refletiu na redução do rodízio para cerca de 500 mil pessoas”, pontua Flávio.

Barragens de menor porte, mas igualmente importantes para o abastecimento da RMR, também tiveram boa recuperação depois das chuvas. A barragem de Bita está vertendo (100% da sua capacidade); Sicupema registra 74.98% e Utinga com 61.27%, todas localizadas no Cabo de Santo Agostinho.

Da redação do Portal com informações da Compesa