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Eduardo Cunha diz que prefere Bolsonaro ao PT: "qualquer opção é melhor"

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, declarou que entre o PT e o presidente Jair Bolsonaro, apoiaria o presidente, caso estivesse no poder e que estaria ao lado de Bolsonaro.

“Quem elegeu Bolsonaro porque não queria a volta do PT tem a obrigação de dar a governabilidade a ele. Se estivesse no poder, eu o apoiaria, com eventuais críticas pontuais, mas sempre estaria na posição oposta ao PT”, disse Cunha, em entrevista à Folha de São Paulo.

Para Cunha, não deve haver uma terceira via nas próximas eleições. Cunha afirmou que “qualquer opção é melhor [do] que a volta do Partido dos Trabalhadores”.

“É preciso ter em conta que vivemos em uma dupla opção: entre o PT e o anti-PT. Nunca existiu terceira via em todas as eleições desde 1989 e não existirá na próxima. Não vejo ninguém para isso. Entre Bolsonaro e o PT, não tenho a menor dúvida de ficar com Bolsonaro. Qualquer opção é melhor [do] que a volta do PT”, disse.

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Cunha foi uma peça-chave no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, lançará no próximo sábado (17) seu livro Tchau, Querida: O Diário do Impeachment. Segundo ele, na obra, será relatado “a sabotagem de Rodrigo Maia” ao governo Bolsonaro.

“Minha avaliação sobre Bolsonaro está, de forma superficial, em cima de fatos concretos. Relato a sabotagem de Rodrigo Maia ao governo e o fato de que Bolsonaro sofre uma perseguição implacável de quase a totalidade da mídia”, declarou.

Cunha na Lava Jato

Em março de 2017, Cunha foi condenado na 1ª instância a 15 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O processo apurou o recebimento de propina pelo ex-deputado, por um contrato de exploração de Petróleo em Benin, na África, e o uso contas no exterior para lavar o dinheiro.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) diminuiu a pena de Cunha para 14 anos e 6 meses, em novembro de 2017.

Em abril de 2019, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, anular a pena de lavagem de dinheiro imposta ao ex-presidente da Câmara dos Deputados.

Cunha está em prisão domiciliar desde março de 2020, após condenação na Lava Jato.