O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu em entrevista ao programa Opinião no Ar, da RedeTV!, na terça-feira, 6 de abril, as mudanças ministeriais realizadas pelo seu pai e Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O político afirmou que ‘ninguém manda no Presidente’.
“Ninguém manda no presidente Jair Bolsonaro. Essas trocas não foram previstas por absolutamente ninguém. Cada um [por] sua própria razão e ao gosto do presidente […] Os novos ministros são qualificados. O presidente segue com a postura de indicar funcionários de carreira para comandar suas pastas. Eles têm tudo para fazer um bom trabalho” disse.
O deputado ainda defendeu a gestão de Ernesto Araújo a frente do Ministério das Relações Exteriores, afirmando que o ex-ministro “resolveu ceder espaço para que outros diplomatas assumissem a pasta”, mas disse que Araújo não estava “fora do jogo político”.
‘[…]Ernesto teve uma atitude de estadista e resolveu ir para o sacrifício em nome dos seus parceiros […] O ministro resolveu ceder espaço para que outros diplomatas assumissem a pasta. O que não significa que o ministro Ernesto Araújo estará fora do jogo político’. declarou
Participaram da entrevista Silvio Navarro, editor-executivo da revista Oeste, e Rodrigo Constantino, colunista da revista e a jornalista Amanda Klein.
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Arquivamento de processo
O deputado Igor Timo (Pode-MG), relator da representação, pediu na segunda-feira, 5 de abril, o arquivamento do processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Assinada pelos partidos Rede, PSOL, PT e PCdoB, o requerimento pede punição do deputado por quebra de decoro parlamentar ao sugerir, em uma entrevista, em 2019, a adoção de um novo Ato Institucional nº 5 (AI-5), instrumento que endureceu a ditadura militar, em 1968, permitindo, entre outras medidas, o fechamento do Congresso Nacional. Um pedido de vista conjunta adiou a discussão e votação do parecer no conselho.
Os partidos argumentam que Eduardo Bolsonaro abusou das suas prerrogativas como parlamentar e quebrou o decoro por atentar contra os princípios constitucionais. Além do fechamento do Congresso, o AI-5 dava poder ao presidente da República para cassar direitos políticos e mandatos eletivos, confiscar bens de quaisquer pessoas, suspender a vitaliciedade dos magistrados e também suspender a garantia de habeas corpus.
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