Investigação

Ciro Gomes responde a 74 processos, além de ser alvo de inquérito da PF por críticas a Bolsonaro

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é o mais novo alvo de investigação da Polícia Federal por suposto crime contra honra do presidente da República Jair Bolsonaro. O inquérito foi aberto a partir de pedido do próprio presidente e encaminhado pelo Ministério da Justiça, após Ciro chamar Bolsonaro de “ladrão” em entrevista à Rádio Tupinambá, de Sobral, em novembro do ano passado.

Apesar de repudiar a ação – no twitter o ex-candidato descreveu como uma tentativa grave de “intimidar opositores e adversários” por parte do presidente – Ciro Gomes não se mostrou intimidado com a notificação e confessou que ao saber não deu “muita bola”.

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Essas ações foram movidas por pelo menos 30 pessoas diferentes. Em oito desses casos, Ciro foi condenado a pagar indenização, sendo seis dessas decisões decorrentes de ações movidas pelo ex-senador Eunício Oliveira (MDB), que somam, ao todo, indenizações de R$ 82 mil.

Eunício é responsável pela abertura de 36 processos na Justiça local contra o pedetista, além de outros oito que foram movidos por aliados do ex-senador. Alvo principal de Ciro em 2014, quando disputou o Governo do Ceará contra Camilo Santana (PT), Eunício foi chamado de “aventureiro, lambanceiro, gangster, riquinho”. Ciro também o classificou como “uma mistura de pinóquio com irmão metralha”.

O ex-governador também foi condenado em R$ 20 mil por acusar, em 2014, o deputado Capitão Wagner (Pros) de ser “chefe de milícias” na Polícia Militar do Ceará.

Os 74 processos por danos morais movidos contra o ex-ministro na Justiça do Ceará somam, ao todo, 244 acusações e xingamentos diferentes. Na lista de ataques, os mais comuns envolvem, além de acusações de desvio de dinheiro público, alcunhas de “marginal” e “quadrilheiro”.