Opinião

Artigo: Esquerdomacho, quem és tu? - por Jason Medeiros 

O esquerdomacho, também conhecido como feministo, é um personagem folclórico da cultura cosmopolita ocidental, que surge, provavelmente, no século XX, mas é observado com mais frequência neste início de século XXI.

Morfologicamente, o termo esquerdomacho, se trata de um neologismo composto pelo prefixo esquerda, que, nesse caso, significa o espectro político progressista, socialista, feminista, etc; e pela palavra macho, que significa uma pessoa humana do gênero masculino. Ou seja, a expressão, normalmente de conotação pejorativa, refere-se a um homem comprometido com as causas ideológicas da política “progressista”, e, mais especificamente, as bandeiras propagadas pelo feminismo, com o intuito, ou não, de conhecer e ter relações íntimas com mulheres.

É muito fácil encontrar um homem desta espécie graças à caricatura que constroem de si mesmos. Normalmente você os encontrará nas grandes cidades, e, primordialmente, nas classes sociais médias e altas, sendo dificilmente encontrado em zonas rurais remotas ou mesmo em zonas urbanas periféricas, além das classes sociais mais baixas. Geralmente estão pouco envolvidos em atividades braçais ou que gerem grande produtividade material para a sociedade como um todo, se ocupando a maior parte do tempo aos estudos sociais e temas relacionados às pautas feministas, identitárias, de “justiça” social, e demais agendas promovidas pelos ideólogos de esquerda.

Muitos deles gostam de se vestir de forma “subversiva”, de modo a afrontar o padrão tradicional e os diferenciar dos seus rivais, os heterotops (no dialeto do esquerdomacho, heterotop é o homem heteronormativo ou “padrão”, que usa camisa básica preta ou branca, sandália de dedo, bermuda florida, e relógios estilo Fausto Silva; gosta de se depilar, inclusive, nas axilas, e possui de tatuagens na costela com o nome da avó ou símbolos desconhecidos nos membros superiores. [Muitos heterotops também se passam por esquerdomachos, e por isso a rivalidade entre eles]). Já o feministo costuma usar cabelos e barbas longas (desleixados e não feitos), ou então bigodes grossos quando os tem, e bigodes ralos quando não os tem; camisas de botão estampada de manga curta com os pelos corporais do peito à mostra, e calças ou bermudas de algodão, sandálias de frade, shoulder bag , e relógios vintage (como o Casio Calculadora, por exemplo).

Fazem parte do seu dialeto o uso constante do pronome neutro para se referir a pessoas de gênero não-binário, e o uso abusivo de conceitos feministas: empoderamento, sistema patriarcal, lugar de fala, opressão estrutural, sexismo, machismo, misoginia, outros; e também socialistas: luta de classes, revolução, proletariado, baronato, burguesia, etc.

Ocorre que um número cada vez maior de meninas e mulheres, tem caído na lábia desses sujeitos. Como o discurso feminista tem ganhado cada vez mais espaço no seio social, mais e mais mulheres têm sido influenciadas a acreditar que o esquerdomacho é o padrão Homão da Porra, que tem como seu principal expoente o galã Rodrigo Hilbert (o que é bem contraditório, uma vez que Hilbert tem um fenótipo colonialista europeu e possui uma família tradicional burguesa, com babas mulheres pretas para cuidar da sua prole).

O fato é que muitos desses homens se aproveitam da ascensão do discurso feminista e o emulam com o intuito de manter relações e se aproveitar das mulheres que são fortemente influenciadas por ele.

Esse fenômeno é tão marcante que é possível encontrar infinitos relatos de mulheres, aqui mesmo na internet, explicando como foram enganadas por feministos, como eles utilizaram dessa ideologia para mantê-las acreditando que eles não as trairiam, que não julgavam a sua aparência física, que ajudariam nos afazeres domésticos, entre outras farsas. Além de notarmos com cada vez mais frequência o número de mulheres exaustas por sustentarem a casa sozinhas, mas que tem medo de deixar seus parceiros esquerdomachos que utilizam como muleta essa pseudo-virtude para se manterem inertes.

E tudo isso não se restringe ao mundo das pessoas “comuns”. Entre os famosos os casos são diversos e manifestos. Veja o caso de Fiuk, filho do cantor Fábio Júnior, que ates de entrar para o programa Big Brother Brasil realizou um curso para “desconstruir” a sua mentalidade pratriarcal e caucasiana, mas lá dentro do programa passou a “ensinar” às mulheres sobre feminismo e racismo, criticando algumas vezes a postura incorreta de algumas delas; Ou o caso do candidato à presidência da república em 2018 pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) Ciro Gomes, que, na ocasião, teve como promessa de campanha a composição do seu futuro ministério com 50% de mulheres, assim como fez João Campos do PSB (Partido Socialista Brasileiro) na Prefeitura da Cidade do Recife, mas que certa vez afirmou à Folha de S.Paulo que sua mulher, à época Patrícia Pillar, “tem um dos papéis mais importantes que é dormir comigo”; Ou, mais recentemente, quando comediante global Marcius Melhem, que já apareceu diversas vezes fazendo campanha contra o machismo e demais opressões sofridas pelas mulheres, foi acusado pela artista Dani Calabresa por assédio moral e sexual, e que encoberto por colegas de trabalho dos dois.

Não pense você que está completamente imune a se relacionar com esse tipo de homem. Um dos maiores símbolos do feminismo é a pintora Frida Kahlo (1907-1954), e ela foi “vítima” de um feministo, o artista e socialista caviar Diego Rivera (1886-1957). Frida se apaixonou por Diego quando ele era seu professor, ela só tinha 15 anos e uma diferença de 21 anos entre os dois. Anos mais tarde se decepcionou com a postura de Diego, como podemos ver expresso nessa carta de 1953, escrita por Frida para Diego:

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“Não tenho medo da dor, e você sabe disso. Ela é quase inerente a mim, mas confesso que sofri, e muito, quando você me traiu, a cada vez que você me traiu, não só com a minha irmã, mas com tantas outras mulheres. Como elas se deixaram enganar por você? Você acha que fiquei possessa por causa da Cristina, mas hoje confesso que não foi por ela. Foi por você e por mim. Antes de tudo, por mim, porque nunca consegui entender o que você queira e procurava, o que elas te davam que eu não sabia dar. Não nos enganemos, Diego, eu te dei tudo o que é humanamente possível dar, e nós dois sabemos disso. De qualquer modo, como você consegue seduzir tantas mulheres sendo um filho da puta tão feio?”.

Como última mensagem de aconselhamento para as mulheres, sugiro que evitem ou no mínimo desconfiem dessas figuras, e não somente as mais caricatas, como também as mais dissimuladas, pois senão a probabilidade de se sentiram traídas, abusadas e menosprezadas por elas é muito grande. E para os homens eu sugiro que jamais anulem sua personalidade por quaisquer que sejam os seus objetivos mais próximos, o preço a pagar é caro, e o caminho pode ser sem volta. Uma mulher precisa de um homem tanto quanto um homem precisa de uma muher, nenhum deles, no entanto, precisam do esquerdomacho.

Por: Jason Medeiros

Jason de Almeida Barroso Medeiros, 26 anos, bacharelando em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco; Oficial da Reserva do Exército Brasileiro pelo CPOR/R; Entusiasta da filosofia política e editor do perfil @ocontribuinteoriginal no Instagram.