Previsão

Após anulações, novo julgamento de Lula só deve acontecer depois de 2026

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram ouvidos pela VEJA sob a condição de reserva e estimaram que serão necessários até cinco anos para que os processos contra o ex-presidente Lula remetidos agora para a Justiça Federal do DF sejam concluídos na primeira instância.

Os cálculos foram feitos depois que o relator da Lava-Jato no Supremo, Edson Fachin, anulou as duas condenações e retirou de Curitiba outros dois processos em que o petista era suspeito de ter recebido propina de empreiteiras.

Apesar da reviravolta jurídica em favor de Lula, a decisão individual de Fachin não transforma o ex-presidente em um inocente, embora devolva a ele o status de ficha limpa e o direito de se candidatar nas próximas eleições.

Ver mais: 

>> Lula: “fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de História”

>> “Sempre estivemos corretos”, diz defesa de Lula após anulação de condenações

>> Em pronunciamento, Lula fala de Justiça, Lava Jato, Moro, Globo e Bolsonaro; assista o vídeo

As ordens de buscas, interceptações telefônicas e quebras de sigilo relacionadas a Lula nos quatro processos que tramitaram em Curitiba continuam valendo e podem ser aproveitadas pelos juízes da Justiça Federal do DF que receberão os casos.

A primeira e segunda instâncias da capital já arquivaram casos como o quadrilhão do PT, a acusação de que um aspirante a delator seria subornado para ficar calado e o processo em que Lula e seu sobrinho Taiguara Rodrigues eram suspeitos de receber propinas da Odebrecht em um esquema em Angola.

Somente após nova condenação por órgão colegiado é que Lula voltaria a ser enquadrado como ficha suja e impedido de disputar cargos eletivos. Pelas projeções de integrantes do STF, porém, isso só deve ocorrer depois de 2026.